A megaoperação conjunta entre as instituições federais, estaduais e municipais realizada na terça-feira (06) na cracolândia, no centro de São Paulo, resultou na prisão de 15 pessoas, entre elas, Janaína da Conceição Cerqueira Xavier, 44 anos, que disputou as eleições municipais em 2020 pelo Partido dos Trabalhadores (PT) na capital paulista. A operação também prendeu o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) e responsável pelo tráfico de drogas na cracolândia, Léo do Moinho.
O PT confirmou que Janaína Xavier se filiou ao partido para disputar uma cadeira na Câmara dos Vereadores na última eleição paulistana, mas alega que não havia nenhum processo em andamento na Justiça à época da filiação. "Ela se filiou no dia 25 de abril de 2019 para concorrer no ano seguinte a vereadora como representante da população em situação de rua, recebeu 238 votos e nunca mais participou de atividades partidárias”, afirmou em nota o Partido dos Trabalhadores.
Os 238 votos recebidos por Xavier não foram suficientes para conseguir uma cadeira legislativa na capital paulista. No entanto, ela se tornou suplente petista na Câmara dos Vereadores.
Durante a campanha em 2020, Xavier admitiu que viveu na cracolândia em postagens pelas redes sociais. “Conheço essa realidade, daqueles que sofrem nas ruas. Represento o povo que é jogado e largado à margem da sociedade. Na cracolândia, vivi, saí e venci”, discursa a petista em vídeo publicado no seu Instagram em setembro de 2020.
Entre os alvos da operação estão três agentes e um ex-agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), suspeitos de integrar uma milícia que extorquia dinheiro dos comerciantes locais. Ao todo, foram apreendidos mais de 120 telefones celulares, 23 computadores, 78 veículos, R$ 155 mil e 22 quilos de drogas.
A reportagem tentou contato com a defesa de Janaína Xavier, mas não conseguiu resposta.
Operação que prendeu suplente do PT na cracolândia visa sufocar o crime organizado
De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a operação “Salus et Dignitas” tem como objetivo desmantelar o “ecossistema” do crime na cracolândia. A megaoperação mobilizou 1,2 mil policiais militares e civis para cumprir mais de mandatos de prisão, 117 de busca e apreensão e 44 de interdição de imóveis.
Entre as ações está a suspensão da atividade econômica de 44 prédios comerciais, considerados pontos de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Além da perda da licença, os imóveis serão lacrados pelas autoridades municipais. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), sobrevoaram a região e acompanharam o trabalho dos policiais.
“O objetivo da operação foi cortar os canais que alimentam o crime organizado na região central da cidade. Os dependentes químicos e a população são vítimas desse ecossistema do tráfico. Queremos desidratar paulatinamente este movimento e devolver a região para as pessoas”, destacou Derrite.
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