Em pouco mais de oito meses de mandato, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recebeu primeiro-ministro, presidente, governador e ministro de diversas nações no Palácio dos Bandeirantes. Aliado ao incentivo para investimentos na economia paulista, o objetivo também é de internacionalizar o nome do governador.
Os acordos bilaterais firmados entre as mais diferentes nações renderam mais de 200 bilhões de dólares em 2023 para o estado de São Paulo, de acordo com dados do Executivo estadual.
O setor que mais desfruta das parcerias internacionais é o agronegócio, com 30% de todo o investimento.
Segundo fontes ligadas ao governador, Tarcísio quer dar protagonismo internacional a São Paulo e, consequentemente, engrandecer o seu nome para a eleição majoritária de 2026. Com a impossibilidade do padrinho político de Tarcísio, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), concorrer para o cargo de presidente da República, Tarcísio vem pavimentando esse caminho.
Os encontros promovidos por Tarcísio com líderes internacionais desde que assumiu a cadeira de governador de São Paulo foram os seguintes:
- Boris Johnson - Ex-primeiro-ministro do Reino Unido (31/8)
- Khalid Al-Falih - Ministro de Investimentos da Arábia Saudita (1/8)
- Santiago Peña - Presidente eleito do Paraguai (26/7)
- Guy Parmelin - Conselheiro federal da Suíça (4/7)
- Graham Stuart - Ministro de Energia do Reino Unido (22/6)
- Olivier Becht - Ministro de Comércio Exterior da França (6/6)
- Annalena Baerbock - Ministra das Relações Exteriores da Alemanha (6/6)
- Hubertus Heil - Ministro do Trabalho da Alemanha (6/6)
- Sauli Niinistö - Presidente da Finlândia (2/6)
- Mark Rutte - Primeiro-ministro dos Países Baixos (8/5)
- Margrethe Vestager - Vice-presidente da Comissão Europeia (16/3)
- Catherine Colonna - Ministra das Relações Exteriores da França (9/2)
- José Miguel Carvajal - Governador da Região de Tarapacá – Chile (2/2)
Em todos esses encontros, o governador enalteceu as parcerias comerciais entre os países e a importância do diálogo com todas as nações, além de apresentar números da gestão estadual e, também, como ministro da Infraestrutura.
Tarcísio quer apoio nacional e internacional para a campanha
Tarcísio analisa que, para ser um candidato forte para a Presidência da República em 2026, precisará da base no território nacional e, também, de apoio internacional de grandes líderes. Países como Reino Unido, França e Alemanha são vistos como alavanca para a campanha.
Além dos encontros internacionais promovidos nos últimos meses, o governador paulista tem intensificado encontros com outros governadores de direita, como Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, e Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná.
Em público, Tarcísio segue negando a possibilidade de ser candidato para a presidência da República, no caminho de fazer um bom governo para tentar a reeleição por São Paulo. Mas é inegável que, nos corredores do Palácio dos Bandeirantes, muitos cravam Tarcísio como cabeça de chapa para a eleição de 2026, tendo Zema ou Ratinho como vice.
Entre os três nomes, Tarcísio é o mais próximo do ex-presidente Bolsonaro. Desde quando assumiu como governador, vem reforçando que “deve tudo a Bolsonaro”. Ele também abriu as portas do Palácio de Governo para hospedar o ex-presidente.
Zema e Ratinho, por outro lado, estão no segundo mandato como governadores, o que os credenciaria com chances mais claras de vislumbrarem o voo mais alto à Presidência. Fontes próximas a Tarcísio afirmam que ele simpatiza mais com o governador mineiro por ter um perfil mais técnico, mas Ratinho Junior, do partido de Gilberto Kassab, secretário de Relações Institucionais do governo paulista, também pretende ganhar impulso nos próximos meses.
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