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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reforçou o perfil político moderado na noite dessa sexta-feira (12), no lançamento do SBT News, em São Paulo, ao fazer acenos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A atitude reforça a percepção de que, apesar da fidelidade de Tarcísio à família Bolsonaro, o governador de São Paulo não abre mão de sua preferência pelo diálogo com diferentes espectros políticos, mesmo com inimigos declarados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Assim como as outras autoridades presentes, Tarcísio aplaudiu o ministro do STF, Alexandre de Moraes, após seu discurso e, ao final do evento, sorriu e conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Além do governador de São Paulo, o lançamento contou com a presença e as falas de Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
“[Estamos em] um momento de polarização acirrada, de polarização afetiva, onde as pessoas às vezes se odeiam simplesmente porque pensam diferente. Logo aqui no Brasil, o país do sincretismo, o país da tolerância, tá na hora de mudar essa chave”, disse Tarcísio.
“Nós podemos sim pensar diferentes. O debate vai acontecer na arena política, mas a gente tem como construir a convergência, um projeto de futuro”, complementou.
Alexandre de Moraes defende democracia e agradece Lula por sair da Magnitsky
O ministro Alexandre de Moraes, que estava presente com a esposa, Viviane Bardi de Moraes, afirmou em seu discurso que é preciso combater a “desinformação” para preservar a democracia e defendeu a liberdade de imprensa.
“A política virou um ringue. O diálogo é o maior instrumento da política, as pessoas não precisam concordar em tudo, mas as pessoas precisam conversar, precisam tentar convencer os outros, precisam expor seus argumentos, não serem ofendidas, caluniadas, massacradas. Isso, infelizmente, é a desinformação e o que nós temos em grande parte e nas redes sociais”, afirmou.
O ministro do STF complementou agradecendo o presidente Lula pela reversão das sanções feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nesta sexta-feira (12), foi publicado que ele e a esposa saíram da lista de sanções da Lei Magnitsky.
"Eu não poderia deixar fazer um breve comentário e, agradecendo o empenho que teve em meu nome, em nome da minha esposa, agradecer o empenho do presidente Lula", disse Moraes, afirmando que a verdade "venceu hoje".
"Quando o Supremo se reuniu na presidência para tratar dessas sanções contra o poder Judiciário brasileiro, eu pedi ao presidente que não ingressasse com nenhuma ação, que não tomasse nenhuma medida contra isso, porque eu acreditava, como continuei acreditando e hoje isso ficou muito claro, que, no momento que chegasse às autoridades norte-americanas, a verdade prevaleceria", disse Moraes.
“A verdade, com o empenho do presidente Lula e de toda a sua equipe, a verdade é prevaleceu. E nós podemos dizer com satisfação, com humildade, mas com satisfação, que foi uma tripla vitória”, disse ele, citando o judiciário brasileiro, a soberania nacional e a democracia.
“O Brasil chega dando exemplo de democracia e força institucional a todos os países do mundo. E isso também muito graças à liberdade de imprensa”, complementou.
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Ricardo Nunes pede ajuda de Lula sobre crise com a Enel em São Paulo
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que vem realizando críticas ao governo federal pelos problemas com a empresa de energia Enel, mencionou o caso e pediu ajuda ao presidente Lula diante dele e das autoridade presentes.
"Eu espero que na segunda-feira, na estreia [do SBT News], presidente, a gente não tenha ainda a cidade de São Paulo sem energia com a Enel, presidente. O senhor precisa nos ajudar nisso. Não tá fácil", disse Nunes.
A crise no fornecimento de energia elétrica se agravou após o ciclone extratropical que atingiu a Grande São Paulo no início da semana, deixando milhões de consumidores sem luz.
A lentidão no restabelecimento do serviço, que nessa sexta-feira (12) ainda permanece interrompido em algumas regiões de São Paulo, reacendeu críticas à atuação da Enel, responsável pela distribuição de energia.
Prefeitura e governo estadual têm atribuído os problemas à falta de investimentos e de estrutura operacional da concessionária, apontando falhas no atendimento emergencial e na manutenção da rede elétrica.
A situação ampliou a pressão por uma atuação mais dura do governo federal, responsável pela regulação do setor, incluindo a possibilidade de sanções, intervenção ou até a revisão do contrato de concessão da empresa em São Paulo.






