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Temporal em São Paulo deixa 4 mortos e 2 milhões com o serviço de energia elétrico interrompido.
Temporal em São Paulo deixa 4 mortos e 2 milhões com o serviço de energia elétrico interrompido.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Um temporal que atingiu o estado de São Paulo nesta sexta-feira (11) deixou quatro mortos. Na capital paulista, a ventania chegou a 107,6 km/h, a mais forte desde 1995 de acordo com a Defesa Civil do estado. Informações da Enel apontam que às 20h de sexta, 2,1 milhões de clientes tiveram o fornecimento de energia elétrica afetado.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, uma criança, uma mulher e um idoso morreram soterrados em Bauru, no interior do estado, em decorrência da queda de um muro no bairro Samambaia.

Já na cidade de São Paulo, pelo menos uma vítima faleceu devido à queda de uma árvore em um condomínio na zona sul de São Paulo. Uma segunda pessoa também foi atingida e encaminhada para atendimento médico. Na zona sul de São Paulo, o Shopping SP Market teve partes do forro e da fachada derrubados pelo temporal.

A operação dos aeroportos também foi atingida, com 15 voos transferidos e cinco cancelados no GRU Airport - Aeroporto Internacional de São Paulo na noite de sexta. Na manhã deste sábado (12), o aeroporto está operando normalmente.

A distribuição de água no estado de São Paulo também foi afetada pelo temporal em diversas regiões como São Paulo, São Bernardo do Campo, São Caetano, Santo André e Cotia. De acordo com a Sabesp, estações elevatórias e equipeamentos que transportam a água para locais mais altos foram prejudicados.

Enel não dá prazo para total reestabelecimento de energia em São Paulo

De acordo com a Enel, na manhã deste sábado (12) aproximadamente 1,6 milhões de imóveis ou 20% dos clientes estavam sem energia. Alguns moradores de São Paulo estão há mais de 15 horas sem energia.

Em entrevista coletiva concedida neste sábado, a concessionária não deu um prazo para a retomada completa do fornecimento de energia tanto na capital paulista quanto na região metropolitana.

 "Eu não quero passar uma previsão para vocês sobre a qual eu não tenho evidência real de que vamos conseguir atender", disse Guilherme Lencastre, presidente da Enel São Paulo, .

"A meta é reestabelecer todos os clientes o mais rápido possível, mas temos que trabalhar com as informações que temos, e ainda temos muitas informações chegando", complementou.

A Enel informou que o "evento climático extremo" levou ao desligamento de 17 linhas de alta tensão e 11 subestações de energia, 8 delas tendo sido religadas. A concessionária recebeu mais de 1 milhão de chamados e a prioridade neste momento é restabelecer as linhas de alta tensão e atender a usuários críticos.

Ministro de Minas e Energia cobra Aneel e Enel sobre reestabelecimento de energia em São Paulo

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou neste sábado (12) a criação de uma sala de situação para acompanhar a crise de fornecimento de energia em São Paulo e expediu ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), exigindo que a agência cobre maior agilidade da Enel para resolver os problemas.

Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que a Aneel "se mostra falha na fiscalização da distribuidora de energia, uma vez que o histórico de problemas da Enel ocorre reiteradamente em São Paulo e também em outras áreas de concessão da empresa".

Além disso, o MME destacou que "a agência reguladora não deu qualquer andamento ao processo que poderia levar à caducidade da distribuidora, requerido há meses pelo Ministério, o que deve ensejar a apuração da atuação da Aneel junto aos órgãos de controle".

"O MME esclarece ainda que não há qualquer indicativo de renovação da concessão da distribuidora em São Paulo e que a falta de apuração adequada da Aneel no caso não pode ser justificada", complementou a nota.

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