Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Centro, o vereador paulistano Rubinho Nunes (União-SP) teve requerimento aprovado na última quinta-feira (30) para convocação do padre Júlio Lancellotti, que deve prestar esclarecimentos na Câmara Municipal de São Paulo sobre o trabalho realizado no atendimento dos frequentadores da Cracolândia.
A medida foi criticada pela esquerda e o vereador passou a ser alvo de ataques nas redes sociais desde sexta-feira (1º). “São pessoas acusando, xingando, tudo isso para evitar que o padre venha prestar esclarecimentos. Sinto muito, pode chorar e espernear, mas o padre vai ter que se explicar”, rebateu o vereador em vídeo postado nas redes sociais. Ele acusa Lancellotti de ter uma postura “acima do bem e do mal” e de manter “as pessoas em situação de rua no centro de São Paulo”.
Nunes ainda lembrou de discursos do padre contra o Estado de Israel após o ataque terrorista do Hamas, a defesa do MST e do apoio ao presidente Lula e ao pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL). “Não surpreende que esse padre petista tenha recebido até uma medalha do governo brasileiro”, completa.
Durante a reunião na Câmara, com a presença de moradores e comerciantes do bairro Santa Efigênia, Nunes também criticou a ausência de representantes do Ministério Público. De acordo com ele, o órgão foi convidado para participar da audiência.
“A presença do Ministério Público é essencial até porque no caso de internação compulsória, quando algum médico, corajoso, da rede pública dá um laudo para internação compulsória, é justamente o MP que convoca esse médico para depor e perder três horas do dia”, afirmou durante a sessão da Frente Parlamentar na última quinta-feira.
A convocação do padre foi agendada para o dia 14 de dezembro e, como não se trata de um convite, o presidente da Frente Parlamentar pode pedir a aprovação de sanções, caso Lancellotti não compareça ao Legislativo. Pelas redes sociais, o padre compartilhou notícias sobre a repercussão do requerimento do parlamentar mas não se manifestou. Ele também ainda não confirmou se deve atender à convocação para prestar os esclarecimentos na Câmara.
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