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Martin fala a deputados: sem motivo para fechar o comércio | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Martin fala a deputados: sem motivo para fechar o comércio| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Paraná tem 39 mortes

Mais oito mortes causadas por gripe A (H1N1) foram confirmadas ontem pela Secretaria de Estado da Saúde. Agora, o Paraná contabiliza um total de 39 mortes pela doença desde julho. Além das mortes, foram confirmados mais 166 casos da doença, totalizando 950 confirmações no estado. A maior parte das pessoas infectadas já se curou e passa bem.

As novas mortes foram registradas nas regionais de saúde de Curitiba (5), Jacarezinho (1), Maringá (1) e Campo Mourão (1). Os pacientes morreram entre os dias 25 de julho e 5 de agosto. A secretaria não divulga a identidade dos pacientes. Entretanto, informa que, das 39 mortes registradas desde 14 de julho, 56% são homens e 44% mulheres.

Segundo o secretário da Saúde, Gilberto Martin, 98% da população infectada pelo vírus no estado tem melhora rápida, sem precisar de medicamento. Apenas 2% precisam de internação e medicamento.

A Secretaria de Saúde do Rio confirmou mais cinco mortes. Com isso, sobe para 33 o total de mortes de pacientes que tiveram exames laboratoriais que confirmam a infecção pela gripe no estado. Com as cinco novas mortes, o total de óbitos no país já chega a 203. (MXV)

Na explanação que fez ontem aos deputados estaduais do Paraná, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Martin, fez um apelo à população para que não acredite nas mensagens enviadas por e-mail sobre a gripe A (H1N1). A orientação é para que a população só se informe em locais apropriados, evitando que se crie pânico.

O pedido foi feito diante do grande volume de e-mails que circulam com informações erradas. "Se alguém receber um desses e-mails sobre gripe A, nem abra. Porque isso só gera pânico e, consequentemente, uma demanda completamente desnecessária de atendimento médico", reforça o secretário.

A orientação de Martin para quem quer se informar com segurança na internet é buscar sites de saúde pública (o da própria secretaria de Estado, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde) e endereços de veículos responsáveis. "Não precisamos de informações erradas. Acreditar nessas mensagens de e-mails sem origem é um absurdo, só atrapalha", ressalta o secretário.

Entre as mensagens falsas que circulam na rede de computadores, Martin lembra as que falam na suposta morte de médicos. "Nenhum profissional de saúde do Paraná morreu até agora por conta do vírus H1N1", enfatiza.

Pelo mesmo motivo, o Hos­pital de Clínicas (HC) e a operadora de saúde Unimed Curitiba também emitiram notas sobre as inverdades desses e-mails. No caso do HC, uma mensagem afirma que alguns médicos e funcionários do hospital teriam morrido contaminados pelo vírus após contato com pacientes. "Escla­recemos que até a presente data não houve nenhum óbito de funcionário, médico ou residente do HC, mesmo porque não houve nenhum internamento desses por suspeita de gripe A (H1N1)", diz a nota oficial do HC.

Já em relação à Unimed Curi­tiba, o e-mail fala sobre uma falsa conversa entre funcionários dizendo que 12 médicos morreram contaminados em Curitiba, sendo três deles da operadora. "A Unimed Curitiba registra que os ‘e-mails’, ‘spams’ ou ‘chats’ acerca da Gripe A (H1N1) envolvendo seu nome não são verdadeiros, motivo pelo qual rechaça as informações nestes apresentadas", diz o texto.

Além de mensagens apócrifas, alguns e-mails sobre a gripe A também podem contaminar o computador com vírus. Em seu site, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que não envia e-mails sobre a prevenção da doença. A mensagem falsa, intitulada "Campanha para prevenção contra Gripe A H1N1 (Suína)" é falsa e pode causar danos nas máquinas dos destinatários.

Comércio

O secretário da Saúde voltou a dizer ontem que não há necessidade de o comércio fechar as portas. Na sexta-feira, a Justiça indeferiu um pedido do Mi­­nistério Público do Trabalho para que shoppings, supermercados e bancos ficassem fechados até o dia 17 . "Cada um deve deliberar sobre aquilo que domina tecnicamente. E a condução do problema da nova gripe é da saúde pública. E, baseado em dados epidemiológicos, não podemos tomar essa medida agora, pois é desnecessária, não vai impactar em nada", afirma o secretário.

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