MPT prolonga afastamento das trabalhadoras grávidas
O Ministério Público do Trabalho no Paraná recomendou nesta sexta-feira (4) que o afastamento das funcionárias grávidas de Curitiba e região metropolitana seja estendido até 13 de setembro.
Anteriormente, o afastamento havia sido recomendado para o período de 21 de agosto até 4 de setembro. A nova decisão do MPT foi tomada com base na orientação do Comitê de Prevenção e Controle da Gripe A (H1N1) de Curitiba.
As empresas que não seguirem a recomendação, poderão ser alvo de ações por parte do MPT.
Sete novas mortes por causa da gripe A foram confirmadas no Paraná nesta sexta-feira (4), no 55º Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número total de óbitos no estado chegou a 209.
As novas mortes foram confirmadas nas regiões de Curitiba (2), Ponta Grossa (1), Foz do Iguaçu (2), Cascavel (1) e Maringá (1).
O maior número de mortes registradas é da região de Curitiba (74 óbitos). A seguir, aparecem as regiões de Cascavel (19), Foz do Iguaçu (17), Maringá (15) e Londrina (10).
Do total de 209 óbitos do Paraná, 132 (63,2%) ocorreram na faixa etária dos adultos entre 20 e 49 anos. Entre os adultos de 50 a 59 anos foram 41 mortes (19,6%). Na faixa etária das crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos) aconteceram 28 óbitos (13,4%). Houve ainda oito mortes (3,8%) entre os idosos com 60 anos ou mais.
Os dados da Sesa demonstram que a nova gripe vitimou mais mulheres do que homens. Isso porque 55% das mortes eram de pessoas do sexo feminino e 45% eram do sexo masculino.
A média diária de mortes por causa da nova gripe no Paraná é 3,94. Isso porque a primeira morte foi registrada no dia 14 de julho e já foram registrados 209 óbitos no total.
Casos confirmados
Os casos confirmados da doença no estado subiram de 5.803 no relatório anterior para 6.511 nesse boletim. O número de gestantes contaminadas pela doença é 337, o que representa 5.17% das 6.511 das situações registradas no Paraná. No entanto, esses dados podem não representar o cenário real da nova gripe no Paraná, pois o exame é feito apenas nos casos graves. Outros 2.268 casos suspeitos foram descartados.
A região de Curitiba também concentra a maior quantidade de casos registrados da nova gripe (3.042). A seguir aparecem Cascavel (466), Cornélio Procópio (388), Francisco Beltrão (349) e Londrina (345).
Taxa de mortalidade
A taxa de mortalidade do Paraná era de 1,88 óbitos por 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde. A taxa do Paraná é quase o dobro da apresentada pelo Rio Grande do Sul (0,96 óbitos por 100 mil habitantes) e é a maior do país.
Para o diretor-geral da Sesa, André Pegorer, os números do Paraná são resultado da maior capacidade para fazer análises laboratoriais, pois o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) já opera há mais de 40 dias e dá o resultado de 250 amostras por dia. Já no Rio Grande do Sul, o trabalho com um laboratório próprio começou há cerca de uma semana e a capacidade de processamento é de 50 amostras por dia. "Não temos mais mortes do que outros estados. Nós estamos analisando com mais rapidez e investigando um número maior de casos, pois temos o Lacen". Outros estados dependem de três laboratórios.
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