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Carla Zambelli tem mandato cassado e Bolsonaro afirma que ele é o alvo. O programa Sem Rodeios desta sexta-feira (31) repercute o caso da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela teve a diplomação como parlamentar cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) em sessão realizada nesta quinta-feira (30). O acórdão da Corte sobre o caso ainda tornou Zambelli inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Segundo a legislação eleitoral, a decisão do TRE-SP não tem efeito imediato e a deputada segue no cumprimento do mandato no Congresso Nacional, em Brasília, até que o caso seja julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Falaremos ainda da eleição para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. As votações acontecem no próximo sábado (1º) e contam com o favoritismo do senador Davi Alcolumbre (União-AP) e do deputado Hugo Motta (PP-PB) para ocuparem as cadeiras.

É a partir das 13h30, ao vivo.

Entenda o que acontece com o mandato de Carla Zambelli após cassação no TRE

Parlamentares do PL, partido de Zambelli, repudiaram a decisão do TRE-SP e apontaram que a saída da parlamentar da Câmara Federal poderia impactar na perda de mandatos de outros deputados da legenda. Isso porque eles teriam sido “puxados” pela expressiva votação atingida pela deputada federal, que recebeu quase 950 mil votos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a cassação de Zambelli. "Ela foi cassada por abuso de liberdade de expressão, ou seja, eu posso te chamar de 'feio', mas não de 'horroroso', porque se não serei preso, cassado e condenado", afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Bandeirantes, ao se referir aos vídeos divulgados pela parlamentar nas redes sociais.

A Gazeta do Povo entrou em contato com a Câmara dos Deputados questionando sobre os impactos de uma possível negativa aos recursos de Zambelli no TSE na bancada do PL, mas a Casa disse, em breve nota, que não comenta ações judiciais em andamento. O mesmo questionamento foi encaminhado ao TRE-SP, que não deu retorno até a publicação deste texto.

Eleições no Congresso movimentam o fim de semana

Apesar do embarque do PT e de outros partidos da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência do Senado, a expectativa dentro do Palácio do Planalto é de que a relação do governo com essa Casa do Legislativo mude a partir do próximo sábado (1º).

Mesmo sendo visto como um parlamentar próximo do presidente Lula, Alcolumbre já sinaliza aos seus aliados mais próximos que pretende adotar uma posição de maior independência do Executivo em comparação com o seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Três senadores governistas ouvidos pela reportagem avaliam que a gestão petista vai precisar fazer mudanças na sua articulação política dentro do próprio governo, justamente pensando nas trocas de comando tanto da Câmara quanto do Senado. No caso de Alcolumbre, eles apontam a necessidade de o Palácio do Planalto dialogar e negociar ainda mais com o futuro presidente do Senado na comparação com Pacheco.

Na Câmara acordos também foram feitos

A aliança de apoio ao nome de Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa pela presidência da Câmara também inclui a eleição de integrantes do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para os principais cargos na Mesa Diretora. Os dois partidos reúnem as maiores bancadas da Casa, com 93 e 80 deputados, respectivamente. 

A eleição para escolher o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) está marcada para o dia 1º de fevereiro, próximo sábado, e apenas o Novo - que lançou a candidatura à presidência do deputado Marcel Van Hattem (RS) - e o Psol não fecharam apoio ao nome de Hugo Motta. Para reunir tanto o apoio do principal partido da oposição quanto da sigla de Lula, Motta fez uma série de acordos com os líderes dessas legendas.

Com a maior bancada da Câmara, o PL vai ocupar a vice-presidência com a indicação do deputado Altineu Côrtes (RJ) para o posto. Assim como o cargo de presidente, os demais integrantes são eleitos por votação entre os deputados, mas tradicionalmente os nomes costumam ser acordados previamente entre os partidos.

Assista diariamente ao programa Sem Rodeios

O programa Sem Rodeios traz a melhor análise diária do noticiário de política e dos bastidores de Brasília com comentários ao vivo de Jorge Serrão, André Marsiglia, Cláudio Dantas, Karina Michelin e Deltan Dallagnol. Apresentado por Guilherme Oliveira, vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 13h30, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.

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