Centrão em alta e PT em baixa: qual a chance do Brasil alcançar estabilidade em 2025? O programa Sem Rodeios desta quinta-feira (2), traz os questionamentos sobre como será o ano de 2025 para o Brasil. Com a economia derretendo e problemas sequenciais na Comunicação, o governo Lula está prestes a viver mais uma reforma ministerial na qual o Partido dos Trabalhadores (PT) deve ter participação ainda menor.
No que diz respeito ao Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal deve seguir com o protagonismo que tem trazido para si nos últimos anos, com as costumeiras intromissões nas decisões do Congresso Nacional e na perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Já o Poder Legislativo terá seus novos presidentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Qual será o legado deixado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)?
É a partir das 13h30, ao vivo.
Centrão em alta e PT em baixa
Depois das diversas crises e embates com o Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende dar uma "nova cara" para o governo por meio da distribuição de cargos na Esplanada dos Ministérios a partir do ano que vem. O rearranjo, que deve começar por mudanças na Secretaria de Comunicação (Secom), pode diminuir o espaço do PT para que outros partidos do Centrão ocupem mais postos na gestão petista.
A velha estratégia dos governos petista visa amarrar o apoio de partidos como União Brasil, PSD e MDB para os próximos dois anos de mandato de Lula. Além disso, a expectativa é de que outras legendas do Centrão - como o PP, o Republicanos e o Podemos - também ganhem mais espaço por meio da reforma ministerial.
As discussões sobre as necessidades de mudanças nas alianças do governo ganharam força dentro do Planalto depois das eleições municipais, quando os partidos de centro foram os principais vencedores da disputa. O PT de Lula, por exemplo, elegeu apenas 252 prefeitos e ficou atrás de siglas como PSD (891); MDB (864) e PP (752).
Após cerco em 2024, Bolsonaro deve enfrentar etapas mais duras no STF
Se em 2024 chegaram ao fim as principais investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2025 ele deve começar a enfrentar etapas mais difíceis dos processos no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os ministros, é esperado que ainda neste ano ou no início do próximo ele possa ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por suposta tentativa de golpe e passe a responder como réu pelo crime na própria Corte.
Desde o indiciamento de Bolsonaro pela Polícia Federal, no fim de novembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) trabalha na denúncia sobre o caso. O procurador-geral da República, Paulo Gustavo Gonet Branco, já sinalizou, em manifestações recentes, haver indícios suficientes de materialidade e autoria dos crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, bem como de organização criminosa.
No último dia 10 de dezembro, ao manifestar-se a favor da prisão preventiva do general Walter Braga Netto, suspeito de aprovar um plano para matar o ministro Alexandre de Moraes e pressionar militares para aderir a uma ruptura no fim de 2022, Gonet considerou haver “significativos elementos sobre as condutas ilícitas”.
Pacheco e o legado controverso no Senado
Presidente do Congresso desde 2021, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) encerrará seus dois mandatos seguidos à frente do Senado em fevereiro de 2025 e deixará legado marcado por controvérsias e poucas conquistas próprias. Apesar de ser visto como político moderado, seu período na Presidência do Legislativo despertou insatisfações profundas de parte dos colegas e da sociedade.
Para governistas, Pacheco foi fator decisivo para a estabilidade institucional em momentos de forte turbulência. Ele impôs limites à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criou condições para a governabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e barrou as iniciativas para afastar juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), prerrogativa exclusiva do Senado.
Essas ações, incluindo a demora na instalação da CPI Mista para investigar as causas do 8 de janeiro de 2023, ampliaram críticas da oposição a Lula, que acusa Pacheco de omissão diante do ativismo judicial crescente. Isso apesar de apoiar alguns projetos para conter essa questão.
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O programa Sem Rodeios traz a melhor análise diária do noticiário de política e dos bastidores de Brasília com comentários ao vivo de Jorge Serrão, André Marsiglia, Cláudio Dantas, Karina Michelin e Deltan Dallagnol. Apresentado por Guilherme Oliveira, vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 13h30, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.
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