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A confirmação da pré-candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina em 2026 provocou um racha no bolsonarismo catarinense. A disputa interna no PL envolve também a deputada federal Caroline de Toni, que ameaça deixar o partido caso seja preterida. O governador Jorginho Mello, aliado de Bolsonaro, prefere manter o senador Esperidião Amin na chapa, enquanto o ex-presidente reforça o nome do filho. A tensão aumentou com trocas públicas de críticas entre aliados, e De Toni já conversa com outros partidos como o Novo, cogitando mudança de sigla para manter sua candidatura.
A crise expôs divergências sobre fidelidade ao bolsonarismo, protagonismo regional e estratégias eleitorais. A entrada de Carlos, que é vereador no Rio de Janeiro, foi vista por parte da base catarinense como uma imposição externa. Enquanto isso, lideranças locais defendem que o Senado seja ocupado por nomes com “DNA catarinense”. A disputa pelas duas vagas ao Senado em SC.
Moraes manda retirar pedido que poderia alterar regime de prisão de Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes (STF), determinou a retirada de um pedido de avaliação médica do ex-presidente Jair Bolsonaro dos autos da ação que investiga a tentativa de golpe de Estado. O pedido havia sido feito pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, que queria verificar se os presídios locais tinham estrutura para atender às condições de saúde de Bolsonaro. Moraes considerou o pedido impertinente e ordenou seu desentranhamento do processo, que está em fase avançada, próximo ao trânsito em julgado.
A solicitação poderia abrir caminho para uma eventual mudança no regime de cumprimento da pena, como prisão domiciliar ou internação hospitalar. Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão por crimes como tentativa de golpe, organização criminosa armada e dano ao patrimônio público.
Justiça italiana decide extradição de Tagliaferro em novembro
O ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, terá uma audiência decisiva sobre seu processo de extradição no dia 17 de novembro, na Corte de Apelação de Catanzaro, na Itália. A sessão foi marcada após pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que acusa Tagliaferro de violação de sigilo funcional por divulgar mensagens que, segundo ele, revelariam abusos cometidos por Moraes no exercício de suas funções.
A Justiça italiana vai analisar se os atos atribuídos a Tagliaferro também configuram crime no país, em especial à luz do artigo 326 do Código Penal Italiano, que trata da revelação de segredo de ofício. A defesa alega perseguição política e parcialidade de Moraes, que seria ao mesmo tempo vítima e julgador. A audiência também avaliará se o processo respeita os direitos fundamentais do acusado, o que pode influenciar diretamente na decisão sobre a extradição. O advogado Paulo Faria é convidado do programa Sem Rodeios para comentar o caso.
Senadores apontam menos violência em estados conservadores
A oposição no Senado pretende usar a recém-instalada CPI do Crime Organizado como vitrine para reforçar que estados governados pela direita são mais seguros. Mesmo com o governo federal assumindo o comando da comissão — com o senador Fabiano Contarato (PT-ES) na presidência — parlamentares como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS) articulam convites a governadores e secretários de Segurança Pública de estados com baixos índices de violência, como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, todos administrados por políticos de direita.
A estratégia é contrastar esses estados com outros governados pela esquerda, como Bahia e Ceará, que apresentam os piores indicadores de violência no país. A oposição quer usar os dados da CPI para sustentar que políticas de segurança pública adotadas por governos de direita são mais eficazes no combate ao crime organizado. A comissão também deve ouvir autoridades federais e estaduais, além de investigar a atuação de facções criminosas e milícias em todo o território nacional.
O Sem Rodeios desta quinta-feira (6) recebe a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), o advogado de Eduardo Tagliaferro com novidades sobre o processo que tramita na Justiça italiana, e o pastor Silas Malafaia para uma conversa franca sobre política. Não perca!



