O julgamento do governador Cláudio Castro no TSE é visto por setores da direita como mais um exemplo de ativismo judicial. Castro é acusado de usar contratações públicas para favorecer sua reeleição, mas o TRE-RJ já rejeitou a cassação por falta de provas. A defesa afirma que as ações foram legais e parte da gestão, não da campanha.
A possível cassação é considerada um ataque à autonomia dos gestores eleitos e pode abrir precedente perigoso para 2026. Para a direita, o processo expõe o uso político da Justiça Eleitoral contra adversários do sistema, especialmente os que enfrentam o crime e defendem ordem e segurança.
Lewandowsk vira alvo da oposição
A CPI do Crime Organizado no Senado aprovou convites para ouvir autoridades como os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e José Múcio (Defesa), além de diretores da Polícia Federal, como parte das investigações sobre facções criminosas e milícias. A comissão, presidida por Fabiano Contarato (PT-ES), terá 120 dias para apurar a atuação de grupos como o PCC e o Comando Vermelho. Apesar do convite, Lewandowski enfrenta críticas por ignorar três convocações formais da Câmara dos Deputados, o que levou a oposição a preparar uma denúncia por crime de responsabilidade contra o ministro.
A ausência de Lewandowski nas sessões da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, presidida por Filipe Barros (PL-PR), gerou forte reação. A justificativa do Ministério da Justiça foi “falta de agenda”, mas parlamentares alegam que convocação não é opcional. Os temas que motivaram os pedidos incluem segurança nas fronteiras, tráfico de armas e drogas, e o uso de aeronave da FAB por uma ex-primeira-dama do Peru.
Motta cancela comissão e adia PL que equipara facções a terroristas
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cancelou todas as reuniões de comissões nesta quarta-feira (5), o que impediu a análise do PL Antiterrorismo, que propõe equiparar facções criminosas a grupos terroristas. A decisão veio após pressão do governo Lula, que tenta avançar com seu próprio projeto “antifacção”, apresentado recentemente.
O projeto barrado é de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE) e relatado por Capitão Derrite (PP-SP). Ele ganhou força após a operação policial no Rio de Janeiro que deixou mais de 120 mortos. A oposição queria votar o texto ainda hoje, mas o cancelamento atendeu ao pedido do líder do governo, José Guimarães (PT-CE), que defende.
Lula chama operação no Rio de "matança"
Lula classificou como “matança” a Operação Contenção realizada pela polícia no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes. Em entrevista à Associated Press e à Reuters, Lula afirmou que a ação extrapolou seu objetivo, dizendo que “a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança”. Ele anunciou que o governo federal pretende realizar uma investigação independente, com legistas da Polícia Federal apurando as circunstâncias das mortes. A declaração de Lula contrasta com a posição do governador Cláudio Castro, que considera a operação um sucesso.
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