O ministro Alexandre de Moraes, sancionado pela Lei Magnitsky, está pressionando pela extradição do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). Ramagem não é um político qualquer: ele detém informações estratégicas sobre energia, espionagem, e conexões do narcotráfico com políticos brasileiros entre outros assuntos de interesse americano. Após condenação por suposta participação em plano de golpe, Moraes forçou seu exílio nos EUA e agora demonstra urgência para trazê-lo de volta, temendo que Ramagem compartilhe dados sensíveis com autoridades americanas.
Segundo especialistas, o pedido brasileiro será analisado pelo Departamento de Estado norte-americano, chefiado por Marco Rubio, aliado de Donald Trump. Embora a decisão final seja de Rubio, Trump pode influenciar politicamente. O processo exige que um juiz federal avalie se há base legal e se não há motivação política — ponto sensível, já que a defesa alega perseguição. Para a direita, a extradição dependerá da postura americana diante do autoritarismo que o STF vem exercendo no Brasil.
Direita cobra anistia, mas Câmara segue bloqueada por Motta
A prisão de Jair Bolsonaro aumentou a pressão para votar a anistia ampla, geral e irrestrita aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Porém, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), trava a pauta e articula com o Centrão para evitar confronto com o STF. O relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) propõe um plano alternativo: redução das penas (dosimetria), que soltaria manifestantes e diminuiria a pena de Bolsonaro de 27 anos para cerca de 2 anos, mas sem reverter a inelegibilidade. A direita insiste na anistia total, mas admite negociar a redução como saída para aliviar perseguições políticas.
OEA questiona abusos contra presos do 8/1
A OEA (Organização dos Estados Americanos) pediu mais informações sobre denúncias de abusos contra presos do 8 de janeiro, após solicitação feita por parlamentares brasileiros. O pedido reforça suspeitas de violações de direitos humanos e punições desproporcionais impostas pelo STF. Deputados e advogados comemoraram a iniciativa, afirmando que é um passo para expor internacionalmente os excessos do Judiciário brasileiro. Entre as denúncias estão prisões injustas, sanções exageradas e até mortes em presídios, como a do empresário Cleriston Pereira (Clezão). Para a direita, essa resposta da OEA confirma que há perseguição política e que o Brasil precisa restaurar garantias fundamentais.
Bolsonaro passa mal na prisão e médicos são chamados
O ex-presidente Jair Bolsonaro, preso por ordem do STF, sofreu uma crise de soluços persistente na sede da Polícia Federal em Brasília, levando seus filhos a acionarem médicos. Carlos Bolsonaro denunciou nas redes sociais que o pai está sendo “assassinado pelo sistema” e que não sobreviverá à injustiça. Jair Renan também lamentou não poder estar ao lado do pai, pedindo orações. Para aliados, o episódio reforça que a prisão é desumana e agrava problemas de saúde decorrentes do atentado de 2018, mostrando que a perseguição política coloca a vida do ex-presidente em risco.
Alcolumbre confirma votação do PL Antifacção
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou que o PL antifacção será votado na próxima semana. A proposta, já aprovada na Câmara com 370 votos favoráveis, endurece penas contra organizações criminosas como PCC e Comando Vermelho. O texto atual, relatado por Guilherme Derrite, prevê divisão dos bens apreendidos entre União e estados, o que preocupa o governo por possível perda de recursos para a Polícia Federal. No Senado, o relator será Alessandro Vieira (MDB-SE), que deve apresentar parecer na terça-feira (2) e pode alterar pontos polêmicos.
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