A prisão preventiva de Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no sábado (22), provocou reação imediata da oposição no Congresso. Líderes do PL e aliados se reuniram em Brasília para definir estratégias e pressionar pela votação do projeto de anistia ainda nesta semana. O partido quer retomar a versão original, ampla e irrestrita, por meio de emenda, e ameaça travar votações importantes, como o Orçamento de 2026, caso a pauta não avance. Também foi decidido enviar cartas a embaixadas denunciando “perseguição política e religiosa”.
Bolsonaro segue preso e pode ter definitiva em breve
Jair Bolsonaro segue preso preventivamente na sede da Polícia Federal em Brasília, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, ratificada pela Primeira Turma do STF. A prisão não é para cumprimento da pena de 27 anos por tentativa de golpe, mas pode se tornar definitiva em breve, já que o processo está na fase final de recursos. Moraes justificou a medida por risco de fuga e pela convocação de vigília feita por Flávio Bolsonaro. Paralelamente, Eduardo Bolsonaro virou réu por suposta pressão a autoridades nos EUA para influenciar o julgamento do caso.
Flávio afirma que pai pede articulação pela anistia e critica restrição a refeições na PF
O senador Flávio Bolsonaro afirmou que Jair Bolsonaro está “inconformado e indignado” com a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, sob alegação de risco de fuga. Segundo Flávio, o ex-presidente insiste que fez uma transição tranquila e não cometeu atos que justificassem a medida. Bolsonaro pediu ao filho que articule com líderes do Congresso para acelerar a votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Flávio também criticou uma ordem que proíbe a família de levar refeições especiais para Bolsonaro na sede da Polícia Federal, alegando necessidade médica.
Motta rompe com líder do governo PT na Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que rompeu todas as relações com o líder do governo na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ). Motta afirmou não ter mais interesse em qualquer diálogo com o deputado, expondo o mal-estar entre Legislativo e Executivo. O desgaste foi intensificado pela votação do PL Antifacção, que Motta acusa o governo de tentar deslegitimar com “falsas narrativas”. Lindbergh reagiu chamando Motta de “imaturo” e acusando-o de agir “na surdina” contra o governo.
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