A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro gerou forte repercussão internacional. Donald Trump classificou a medida como “muito ruim” e aliados do presidente americano consideraram a decisão um “insulto”. A imprensa estrangeira destacou a justificativa brasileira de “risco de fuga” para a detenção. Além de Trump, parlamentares republicanos e comentaristas conservadores criticaram a prisão, afirmando que ela representa perseguição política e ameaça à democracia. Alguns chegaram a comparar o caso brasileiro com processos judiciais enfrentados por Trump nos Estados Unidos, reforçando a narrativa de que líderes conservadores estariam sendo alvo de ações coordenadas.
Ramagem afirma que tem apoio do governo norte-americano
O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo STF a 16 anos de prisão por participação no suposto plano golpista após as eleições de 2022, afirmou que está “seguro” nos Estados Unidos e que tem “anuência” do governo norte-americano para permanecer no país. Em entrevista, Ramagem disse que recebeu apoio de autoridades americanas e classificou sua situação como resultado de “perseguição política” por ser aliado de Jair Bolsonaro. O parlamentar deixou o Brasil sem autorização, mesmo proibido de viajar, e é alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de fuga. Moraes já decretou sua prisão preventiva, e a PGR pediu inclusão do nome de Ramagem na lista da Interpol
STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro por unanimidade
A Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade manter a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, detido em Brasília sob suspeita de tentar fugir antes do fim do processo sobre a alegada tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão referendou o ministro Alexandre de Moraes, que justificou a medida apontando reiterados descumprimentos de medidas cautelares por Bolsonaro — desde o uso proibido das redes sociais até a uma suposta destruição da tornozeleira eletrônica no último fim de semana.
Bolsonaro já havia passado por audiência de custódia, que confirmou a legalidade da prisão. Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam o voto de Moraes. Dino também citou como agravante a fuga de aliados condenados para o exterior, reforçando o risco à ordem pública.
Escândalo do Banco Master pode atingir políticos e cria risco para Lula
O escândalo do Banco Master, que levou à prisão do banqueiro Daniel Vorcaro e à liquidação da instituição pelo Banco Central, ganhou contornos políticos delicados. Segundo análise da Eurasia Group, o caso representa um “terreno perigoso” para o governo Lula antes das eleições de 2026, pois Vorcaro mantinha uma ampla rede de relacionamentos com lideranças da direita, centro e esquerda. As investigações podem revelar conexões entre operações fraudulentas e figuras políticas, reacendendo o debate sobre corrupção e ameaçando pautar a disputa eleitoral. O rombo estimado chega a R$ 41 bilhões, e a Polícia Federal apura se houve proteção política para manter o esquema ativo.
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