A disputa, agora, é pela opinião pública. O governo Lula e movimentos de esquerda criticam a megaoperação da polícia no Rio de Janeiro, condenando a estratégia de enfrentamento e o excesso de mortos. Já o governo fluminense, apoiado por governadores de direita, diz que se trata de recuperar o terreno perdido pelo Estado para organizações terroristas.
Qual visão terá o apoio da maioria dos brasileiros? Qual perspectiva corresponde à realidade dos fatos e qual se agarra a narrativas e ideologias que acabam beneficiando o próprio crime organizado?
Este será o ponto de partida do programa Última Análise desta quinta-feira (30). Participam do programa de hoje o ex-juiz de Direito Adriano Soares da Costa, o escritor Francisco Escorsim e o vereador Guilherme Kilter.
Bope se manifesta após operação
O programa também irá abordar a reação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), após a Operação Contenção. "Fomos atingidos por uma perda irreparável: a de dois heróis que honraram, até o último instante, o compromisso com a sociedade e com a farda que vestiam", anunciaram. O trecho fez parte de uma manifestação publicada nas redes sociais nesta quarta-feira (30).
Durante a megaoperação, quatro policiais morreram. O Bope foi responsável por articular a estratégia conhecida como "muro do Bope". Quando, durante o combate, os policiais direcionaram os criminosos até a mata ao lado das favelas. As matas são conhecidas pela utilização como rota de fuga dos bandidos.
Lula sanciona lei de Moro
Também será analisado os dois novos crimes, conforme projeto de lei de autoria do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), do Código Penal: obstrução de ações contra o crime organizado e conspiração para obstrução de ações contra o crime organizado.
O Diário Oficial da União publicou a nova lei nesta quinta-feira (30). Os dois novos crimes têm pena de quatro a 12 anos de reclusão, além de multa. A prisão, de acordo com o texto, deve ocorrer, ao menos no início, em penitenciária de segurança máxima.
