As redes sociais do Frei Gilson foram desbloqueadas na noite de domingo (22). O religioso — que possui 5,4 milhões de seguidores no Instagram e mais de 50 grupos no WhatsApp — teve as transmissões ao vivo suspensas por cinco dias na conta do Instagram por suposta “transgressão” às regras da plataforma e também perdeu o acesso ao WhatsApp sem explicação. Ele denunciou o caso, e os acessos foram restabelecidos.
“Vitória! As nossas redes voltaram!”, afirmou em postagem no Instagram. “Até o momento eu não saberia dizer qual foi o meio que resolveu o problema porque foi muita gente que entrou em contato para ajudar”, continuou, ao agradecer pelo apoio. “Obrigado às plataformas que entenderam a situação e nos devolveram esse acesso”.
Segundo ele, o desbloqueio às lives do Instagram e às comunidades do WhatsApp ocorreram simultaneamente, e o frei anunciou que retomaria já na madrugada desta segunda-feira (23) a transmissão ao vivo para rezar o rosário, ação que tem realizado diariamente, desde 15 de agosto, às 4 horas da manhã.
“Se meio milhão de pessoas estão acordando de madrugada para rezar é porque algum bem tem causado”, disse, ao citar mudanças na vida de pessoas com depressão, crise de pânico, ansiedade e dependência química. “Esses dias mesmo contei o testemunho de uma mulher que rezava o rosário na madrugada e ia usar drogas, mas, de repente, se sentiu curada e liberta”.
O que aconteceu com as redes do frei?
Os bloqueios começaram dia 17 de setembro, quando Frei Gilson informou que o Instagram suspendera o recurso de lives de sua conta alegando que a conta teria transgredido regras da plataforma.
“O que nos deixa perplexos é que nunca nos dizem exatamente o que foi transgredido”, pontuou, afirmando que todos que o acompanham sabem que ele usa as redes sociais “exclusivamente para rezar e levar a Palavra de Deus”.
Cinco dias depois, no domingo (22), o acesso ao WhatsApp do religioso também foi suspenso e ele recebeu notificação de que não poderia mais usar o WhatsApp, onde enviava mensagens manualmente para cerca de 50 grupos.
A Gazeta do Povo questionou a Meta, responsável pelo Instagram e pelo WhatsApp, a respeito das suspensões, mas a empresa respondeu nesta segunda-feira (23) que "não vai comentar".
O advogado constitucionalista André Marsiglia, especialista em liberdade de expressão, afirmou que os bloqueios às contas do frei revelaram ações de censura, já que, no caso de alguma fala ilícita, a pessoa precisa ser processada para, então, ter suas redes sociais bloqueadas.
A deputada federal Bia Kicis também se manifestou sobre o caso. Em postagem nas redes sociais, a parlamentar chamou os bloqueios de "cristofobia" e "ódio ao cristianismo". "A gente sabe que a perseguição aos cristãos no mundo todo não é novidade, mas a gente se choca", disse.
Segundo ela, o religioso teria manifestado ser favorável à vida desde a concepção durante a última live realizada antes das suspensões. "Então, em uma noite ele fala na live contra o aborto e, no dia seguinte, está bloqueado para fazer live", comentou. "Isso é gravíssimo".
Após bloqueios, frei fez repostagens sobre perseguição religiosa e aborto
Depois de anunciar os bloqueios em suas redes, Frei Gilson repostou um vídeo a respeito de perseguição religiosa e revelou que um vídeo publicado em 2021 com a temática "Aborto numa perspectiva espiritual" recebeu notificação do YouTube dizendo que não era possível tratar desse tema.
"O mais curioso é que, em três anos, esse vídeo não chegou a 150 mil visualizações", disse, ao citar que outras publicações da mesma época ultrapassaram 1 milhão de visualizações.
De acordo com ele, o conteúdo não foi tratado sob perspectiva política, mas sob a perspectiva de fé, já que a Igreja sempre tratou de questões morais. "Ora, se os cristãos não podem mais falar sobre moralidade, onde vamos parar?", indagou. "Estamos testemunhando uma grande inversão de valores", finalizou.
Na noite desse domingo (22), no entanto, ele informou que suas redes haviam voltado e pontuou que é preciso lutar sempre pela liberdade de expressão e liberdade religiosa.
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