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Norte Pioneiro

Arapoti fica sem policiamento após prisão de delegado, escrivão e investigador

O município de Arapoti, no Norte Pioneiro do estado, está praticamente sem policiamento. Após a prisão do delegado, do investigador e do escrivão da cidade, acusados de fazer parte de uma quadrilha que aplicava vários golpes na região, a delegacia de polícia teve de ser fechada na quinta-feira (25). Agora, apenas um policial, que veio de Ponta Grossa, região dos Campos Gerais, faz a segurança no local, que conta com cerca de 30 presos.

Um morador disse ao Paraná TV 1ªEdição, da RPC TV, que a população já sabia que a polícia local deixava a desejar. Outra moradora afirmou a reportagem do telejornal que ficou assustada em saber que a cidade não estava protegida.

Os policiais fazem parte do grupo de 23 pessoas presas em uma operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio das polícias Civil e Militar do estado, na quinta-feira (25). Eles são suspeitos de fazer parte de duas quadrilhas de tráfico de drogas, roubo e extorsão e que contavam com a participação e cobertura de sete policiais civis e militares.

O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, disse ao telejornal que tudo era previamente combinado entre golpistas e policiais. "Os boletins de ocorrências das vítimas eram queimados pelos golpistas após o registro", afirmou Batisti.

Uma das vítimas dos crimes foi o caminhoneiro Inelci Dalpiva. Ele contou que teve o caminhão roubado pela quadrilha. O crime aconteceu há dois meses. Dalpiva havia parado em uma banca de beira de estrada para comprar bananas quando teve pertences e roupas roubadas. "Quebraram a maçaneta e reviraram tudo dentro do caminhão procurando algo", ralatou. "Eu fui até a Polícia Rodoviária Estadual e falei que fui roubado, eles disseram que era para ir à polícia da cidade, mas fui embora".

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