Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
projeto de r$ 15 MILHÕES

Briga com empresários emperra Ligeirão entre o Portão e o Santa Cândida

Tubo Alferes Poli, na Rua Sete de Setembro, foi alterado para receber os “ligeirões” da Linha Norte Sul que ainda não estão operando | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Tubo Alferes Poli, na Rua Sete de Setembro, foi alterado para receber os “ligeirões” da Linha Norte Sul que ainda não estão operando (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

Os passageiros que trafegam entre o Portão e o Santa Cândida – eixo onde se prevê a construção do metrô -- poderiam aguardar a chegada do modal sobre trilhos transitando em ônibus mais confortáveis e velozes. Para isso, bastaria que o projeto de R$ 15 milhões que está quase pronto desde 2014 fosse finalmente concluído.

Trata-se do Ligeirão Eixo Norte-Sul, cujas obras estruturais estão prontas desde 2014 mas que ainda depende da compra dos ônibus. A aquisição só não ocorre porque há uma liminar que desobriga os empresários do setor a comprarem novos ônibus até que seja analisado o mérito de uma disputa entre eles e a prefeitura sobre a aplicação do contrato de concessão.

As obras estruturais do Ligeirão Norte-Sul foram iniciadas em abril de 2012, antes de as empresas ingressarem na Justiça. A média da frota na cidade tem de ser de cinco anos e a idade máxima dos veículos não pode ultrapassar 10 anos. Mas os empresários alegam que não têm condições de fazer isso em virtude de renovações tarifárias equivocadas. A prefeitura diz cumprir o edital e o contrato de concessão.

A atual gestão sustenta que assumiu a prefeitura com a obra do Ligeirão Norte-Sul já em andamento. A partir de janeiro de 2013, portanto, um novo cronograma de obras teria sido estabelecido para desativação e realocação de 30 estações-tubo, além do alargamento das canaletas para ultrapassagem de biarticulados, adequação de pavimento e intervenções de drenagem e iluminação.

Segundo a prefeitura, com as obras já iniciadas, era inquestionável a necessidade de conclusão dos serviços por conta dos sérios transtornos causados a usuários do transporte coletivo, comerciantes e moradores desse eixo.

A ampliação da capacidade do transporte coletivo no eixo entre a Rua Sete de Setembro, Avenida João Gualberto e Paraná já havia sofrido um revés quando um grupo de moradores foi contra a ideia que o retorno do Ligeirão ocorresse na Praça do Japão. Pelo projeto inicial, um trecho no final da praça seria aberto para a passagem dos veículos.

Sem consenso, a prefeitura então desistiu dessa ideia e agora a previsão é que o contorno seja feito no terminal do Portão. O local, segundo Roberto Gregório, presidente da Urbs, demandará ajustes “a custos baixíssimos”. Mas essa obra e outras adequações finais no eixo sul serão realizadas somente quando houver a liberação para a compra dos veículos, diz a Urbs. Ao todo, serão necessários 24 novos Ligeirões azuis para que o projeto enfim ganhe vida. De acordo com o site da própria Urbs, cada ônibus desse custa pouco mais de R$ 900 mil. Caso concluído, a expectativa é de que o novo Ligeirão Norte-Sul acrescente uma capacidade 50% maior a hoje verificada no eixo – que é de 170 mil passageiros/dia.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.