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A polícia investiga uma denúncia de venda de uma recém-nascida por R$ 50 e uma cesta básica em Curitiba. A queixa foi dada na manhã de quarta-feira (10), mas a transação teria acontecido há três meses, segundo afirmam os pais da criança. Os supostos vendedores seriam os avós maternos da criança, que negam as acusações.

Pela manhã, o pai da menina que teria sido vendida prestou queixa no 6º Distrito Policial - responsável pela área do bairro Cajuru, onde os envolvidos no caso moram -, dando conta de que a filha, nascida no início de setembro, havia sido vendida para um casal por R$ 50 ao mês e uma cesta básica sem o conhecimento dos pais. A delegacia repassou o caso para o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), especializado nesse tipo de caso.

O pai da jovem, segundo o Boletim de Ocorrências (B.O.), não aprovava o relacionamento. Com isso, ela não teria avisado a família que iria dar à luz. Ao voltar da maternidade, um casal estaria esperando na porta de casa com um carro, apenas esperando a criança. A jovem teria sido forçada a entregar o bebê a pedido do pai e da madrasta.

O pai da menina supostamente vendida, que tem 19 anos e trabalha em uma indústria de medidores elétricos, acusa um casal de Cascavel, no Oeste do Paraná, de comprar a criança. Os avós, que confirmam que o casal tem a posse da criança, negam as acusações de uma transação ilegal. Segundo eles, foi feito um processo de adoção legalizado onde a mãe teria aprovado antes mesmo da criança nascer. "Quem veio pegar a criança foi um oficial de justiça", argumenta o avô, que tem 55 anos e trabalha vendendo matéria-prima para a construção civil.

Os avós confirmam que receberam R$ 50 e uma cesta básica, mas seria um empréstimo de familiares. "Estava mal de dinheiro, mas agora já estou com uma folguinha e vou pagar", diz. O dinheiro seria usado para pagar taxas dos documentos de identidade da própria mãe da criança supostamente vendida.

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