Comissão aprova nota de repúdio de conservadores contra show da Madonna

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A Comissão da Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (22) uma moção de Repúdio à Madonna, Anitta e Pablo Vittar, pela apresentação musical no show “The Celebration Tour in Rio”, realizado no Rio de Janeiro, no dia 4 de maio de 2024.

O pedido foi apresentado pelos deputados Chris Tonietto (PL-RJ), Cristiane Lopes (União-RO), Clarissa Tércio (PP-PE), Allan Garcês (PP-MA) e Júlia Zanatta (PL-SC).

O show da cantora Madonna repercutiu "negativamente" nas redes sociais e especialmente na bancada conservadora, por apresentar simulação de sexo e “ritual satanista”, conforme vídeos divulgados na internet. Alguns deputados federais também criticaram o investimento milionário feito pelo governo do Rio de Janeiro e pela prefeitura para a realização do evento.

Segundo o requerimento, o repúdio é “em razão do vilipêndio à fé da maioria da população brasileira, e do conteúdo nocivo apresentado, de forte viés erótico”.

Os parlamentares também apontaram que o evento ocorreu em “momento extremamente delicado para toda a nação, comovida com a tragédia natural resultante das fortes chuvas no Rio Grande do Sul - que deixou centenas de mortes desabrigados”.

No repúdio, eles ainda criticam o “caráter erótico e de inspiração pornográfica das coreografias - que simulavam posições sexuais e verdadeiras orgias no palco”. Para os deputados, o show apresentou “cenas impróprias à audiência mais jovem da apresentação” e que ainda foram transmitidas em rede nacional.

“A realização de tal evento com recursos públicos representa um vergonhoso episódio de descaso para com os valores e as necessidades de nosso povo, e merece dura repreensão por parte do Parlamento brasileiro”, conclui os autores da moção de repúdio.

Durante a votação do requerimento, foi incluído moção de repúdio aos chefes do Poder Executivo Estadual e Municipal da cidade do Rio de Janeiro, proposta pelo deputado Dr. Allan Garcês (PP-MA).

As deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Sâmia Bomfim (Psol-SP) tentaram retirar o requerimento de pauta, mas o pedido delas foi rejeitado.