A implantação de um sistema cirúrgico robótico proposta pelo Hospital Erasto Gaertner pode não virar realidade. Isso porque a instituição extrapolou o prazo para conseguir 60% da captação de recursos, meta da qual dependia sua autorização pelo Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), do Ministério da Saúde.
De acordo com o superintendente do Erasto Gaertner, Adriano Lago, o hospital conseguiu captar R$ 8,3 milhões – o equivalente a 53% do montante de R$ 15,6 milhões aprovados para implantação do projeto. Intitulado “Inovação do Centro Cirúrgico com Sistema Cirúrgico Robótico”, o programa prevê a utilização de um robô cirurgião e capacitação de equipe especializada para realização de cerca de 500 cirurgias oncológicas.
O dinheiro arrecadado até agora veio de doações com abatimento no Imposto de Renda (IR), tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Porém, como a meta de 60% não foi alcançada, o valor captado está retido no MS. Em sessão na Câmara dos Vereadores de Curitiba, o hospital pediu ajuda para que o montante arrecadado seja liberado pelo órgão.
“Os R$ 8,3 milhões garantem a compra do robô cirurgião e a realização de parte dos procedimentos cirúrgicos. O projeto ainda está vivo”, disse Lago.
A dificuldade em captar o total de recursos estipulado pelo ministério foi informada ao Legislativo e, segundo Lago, às secretarias municipal e estadual de Saúde. “Não tivemos um retorno concreto de como a esfera pública pode nos ajudar. Inclusive, conversamos com o Adriano Massuda [secretário municipal], mas ele nos orientou a marcar uma reunião com o prefeito, que ainda não conseguimos”, informou Lago.
Os vereadores se manifestaram dispostos, mas reforçaram que a implantação do projeto depende também de vontade política.