Parlamentares da bancada pró-vida no Congresso Nacional repudiaram nesta terça-feira (18) a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que bebês que nascem de um ato de estupro são como “monstros”.
“Monstro é quem mata uma criança inocente”, rebateu o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) pela rede X.
A deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) fez um "desagravo público" a todas as mulheres que foram vítimas de estupro e escolheram dar continuidade a uma gravidez e chamou a declaração de “irresponsável”.
“Faço um desagravo público a todas as mães que foram vítimas de estupr0, deram SIM à vida, e que foram ofendidas pela fala irresponsável do @LulaOficial . E a todas as pessoas que foram fruto de gravidez resultante de estupro: a forma em que foram geradas não define o seu caráter!”, comentou a deputada pelas redes sociais.
De acordo com a deputada Carol de Toni (PL-SC), a declaração do presidente é “desumana”e reforça que ele defende “pena de morte para o bebê”.
“Desumano! Pena de morte para o bebê, Lula? É bom que Lula deixe claro o seu pensamento. Essa fala monstruosa evidencia o pouco valor que a vida de inocentes tem para esse desgoverno. Mas… na hora de defender bandidos, Lula e sua turma são os primeiros… Vão vendo”, informou a deputada.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também rebateu a fala do petista e disse que “criança não é monstro”. “Mesmo que ela tenha nascido em circunstâncias de uma violência terrível ela não é monstro”, declarou.
Em um vídeos pelas redes sociais, a ex-ministra dos Direitos Humanos cobra “serenidade” e “calma” na discussão sobre o aborto e disse que não é adequado rotular pessoas pelos pais que a geraram.
“Quem disse que filho de ladrão é ladrão? Quem disse que filho de estuprador é estuprador? Nós temos muitos casos de crianças que foram geradas em uma violência sexual e essas crianças não são monstros. Nós temos que combater a violência sexual. Filho de bandido não é bandido. Vamos prestar atenção nas nossas falas”, declarou Damares.
Para o senador Eduardo Girão (Novo-CE), a fala de Lula apenas reforça que ele e o PT “são abortistas“. “Mas daí a chamar de monstro uma pessoa que nasceu fruto da violência brutal do estupro é de uma desumanidade medonha, típica de um presidente que faz politicagem com a tragédia alheia”, escreveu pela rede X.
A discussão sobre o aborto se intensificou depois que a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto de lei 1.904/24, também conhecido como o PL Antiaborto, que pretende equiparar a pena da realização de aborto após a 22ª semana ao crime de homicídio. O prazo é definido pela condição da viabilidade fetal, quando o bebê já possui condição de sobrevivência fora do ambiente uterino.
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