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Ponta Grossa - Movimentos sociais estimam que Curitiba e região metropolitana têm 850 loteamentos irregulares ou ocupações como a do bairro Fazendinha. E a previsão é de que o número cresça: segundo a coordenadora nacional da União Nacional por Moradia Popular, Maria das Graças Silva de Souza, a maioria das prefeituras do estado não tem sequer secretaria de habitação – como é o caso de Curitiba. O cenário não deverá mudar a curto prazo, já que em 44% dos municípios paranaenses os prefeitos foram reeleitos.

A região metropolitana é o ponto mais crítico do estado. Segundo o Ministério das Cidades, em 2006 o déficit habitacional no Paraná era de 354.280 domicílios – 115.330 (32%) no entorno de Curitiba. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000 a defasagem era de 260.648 domicílios no estado – crescimento de 36% em seis anos.

O diretor da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab-CT), Mounir Chaowiche, estima que a fila de espera por uma residência na cidade será zerada em quatro anos. Segundo ele, em 2005 havia 60 mil famílias cadastradas e desde então foram atendidas 30 mil. Até 2012, a idéia é atender mais 40 mil. "Curitiba tem um crescimento constante. O déficit enfrentado hoje é fruto de muitos anos sem investimentos", afirma.

Já a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), órgão do governo do estado, diz ter construído 21.015 casas nos últimos cinco anos. Mais 7.667 estariam sendo construídas e 1,4 mil deverão ser entregues neste ano. Os principais projetos da Cohapar são desenvolvidos em parceria com municípios e o governo federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O maior deles é em Piraquara, com 11.197 regularizações e 803 realocações. O PAC contempla ainda Pinhais (851 regularizações e 731 realocações), Co-lombo (371 regularizações e 508 realocações) e Campo Magro (42 regularizações e 388 realocações). O PAC destina investimentos de R$ 157,4 milhões a programas de habitação. Mas, das 23 áreas que serão atendidas no estado, apenas duas – Vila Nina e Vila 23 de Agosto, em Curitiba – já começaram o processo de regularização.

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