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Quem passa pela Rua Fernando de Noronha, uma das principais avenidas do Barreirinha, pavimentada e bem urbanizada, não imagina que a poucos metros, no fim da Rua Albino Blum, exista uma favela. A ocupação, incrustada em um bairro de classe média, é composta de cerca de 40 casas e tem até nome oficial: para a Cohab, esta é a Favelinha da Barreirinha.

Formada há pouco mais de cinco anos, a invasão é pouco conhecida pelas autoridades. Segundo a prefeitura, já houve diversas tentativas de intervenção, porém todas rechaçadas. "É uma terra sem lei, um verdadeiro gueto, onde nem agente de saúde entra", comenta um morador que não quis se identificar.

A dificuldade de obter informação sobre o local é confirmada pela administração municipal, que informa não existir nenhum estudo de relocação das famílias.

Medo

Com receio de represálias, nenhum líder comunitário da região quis se pronunciar sobre a Favelinha. A associação de bairro nem existe mais. Na região, é possível ver muitas placas de venda – somente no entorno foram contadas 11 placas de vende-se e uma de aluga-se. "Aqui, o bicho é feio", comenta uma comerciante.

Os moradores que aceitam falar sem se identificar dizem que têm medo. Mas afirmam que, pelo menos por enquanto, a briga "é entre eles". Para outro comerciante, a situação é triste. Há cinco anos no bairro, conheceu muitas das vítimas da chacina de sexta-feira ainda bem jovens. "O que falta é oportunidade para essa gente".

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