Fisioterapeutas de Curitiba paralisam, nesta sexta-feira (21), atendimentos prestados a clientes de pelo menos dez planos de saúde. A medida foi adotada pela categoria para exigir que as operadoras passem a cumprir com exigências estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde (ANS), o que envolve, inclusive, novos reajustes no índice dos valores repassados aos profissionais da área.
Pela manhã, um grupo de profissionais protestou em frente à sede regional de Curitiba da ANS,onde ocorre, às 15 horas desta sexta, uma reunião para discutir o cumprimento da regulamentação proposta pela agência.
Segundo a Associação Paranaense de Prestadores de Serviço de Fisioterapia (APFisio), a falta de diálogo das operadoras tem prejudicado até mesmo a qualidade dos serviços prestados.
“As operadoras não ainda praticando essa legislação e isso prejudica o atendimento”, comenta a fisioterapeuta Luciene Bittencourt, secretária da APFisio. “Para suprir o valor baixo que os planos repassam, as clínicas te fisioterapia atendem hoje cinco, seis e até sete pacientes por hora, sendo que conselho da profissão determina no máximo dois pacientes a cada hora para garantir um atendimento de qualidade”.
Ela estima que atualmente, 80% dos atendimentos realizados em boa parte das clínicas da capital seja para clientes de planos de saúde. Em alguns casos, os valores pagos aos profissionais pelas operadoras variam de R$5 a R$12 por cada consulta ou sessão.
De acordo com Luciene, se os planos de saúde não atenderem às reivindicações dos profissionais em um prazo que deve ser definido na reunião desta sexta, a paralisação da categoria será retomada por tempo indeterminado.
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