Professores de diversas universidades e institutos federais se preparam para entrar em greve nesta segunda-feira (15). As reivindicações contra o governo Lula são aumento salarial, reestruturação de carreira e melhoria das condições de trabalho. A paralisação dos docentes vai somar à de servidores técnico-administrativos, que estão parados há cerca de um mês.
Docentes de pelo menos 20 instituições de ensino superior irão iniciar a greve na próxima segunda-feira (15), segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A Gazeta do Povo mostrou detalhes sobre a paralisação em reportagem publicada na semana passada. Os professores, apoiadores do PT e do PSOL, estavam divididos sobre a participação na greve. Os petistas têm interesse em preservar a imagem do presidente Lula, que sofreu muitos desgastes recentemente.
Mas, segundo fontes ouvidas, o fato dos sindicatos possuírem espaço no governo pode facilitar a negociação entre as duas partes.
Recentemente, o presidente Lula anunciou a criação de 100 novos campi de institutos federais, nos quais haverá a possibilidade de 140 mil novas matrículas. “A qualidade dos cursos e até a sua viabilidade são questões menores para o populismo de esquerda”, avaliou Rodorval Ramalho, professor da Universidade Federal de Sergipe.
“Volto a afirmar que os problemas salariais são os menores problemas do sistema, que foi expandido, irracionalmente, pelos governos petistas que têm apenas uma política, a de expansão de vagas. Afinal, é isso que garante votos”, reforçou Ramalho.
Docentes de quase 20 instituições de ensino superior irão entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, 15 de abril, de acordo com o jornal. São elas: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG); Instituto Federal do Piauí (IFPI); Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB); Universidade Federal de Brasília (UnB); Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Universidade Federal de Viçosa (UFV); Universidade Federal do Cariri (UFCA); Universidade Federal do Ceará (UFC); Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB); Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Os professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Rio Grande; do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) já estão em greve, segundo o levantamento do Estadão.
Além disso, os professores de outras sete universidades estão em estado de grave. São elas: Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO); Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Universidade Federal do Pampa (Unipampa); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA); e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Há ainda o grupo de instituições que promete aderir à greve após a data de 15/4 e outras que ainda vão deliberar sobre a possibilidade de participar dessa paralisação.
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