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Para entender

Jornalista fica preso por um ano sem acusação após críticas ao STF

The journalist’s arrest took place in December 2022, ordered by Minister Alexandre de Moraes. The Federal Public Prosecutor"s Office found no evidence of a crime. (Foto: Arquivo pessoal/Jackson Rangel)

O jornalista Jackson Rangel, do Espírito Santo, foi mantido preso por 368 dias por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devido a críticas à Corte. A prisão, que durou de dezembro de 2022 a 2023, foi mantida mesmo com o Ministério Público Federal (MPF) pedindo o arquivamento do caso por falta de crime.

O que motivou a prisão do jornalista?

A prisão foi baseada em postagens feitas por Rangel nas redes sociais, nas quais ele criticava o STF e o governo. A decisão do ministro Alexandre de Moraes considerou as publicações "virulentas" e um ato de "verdadeiro terrorismo digital". Frases como "sem liberdade, não há independência" foram citadas no processo para justificar a detenção por suposta disseminação de "fake news" que atentam contra o Estado Democrático de Direito.

Por que a defesa alega que o processo foi irregular?

O Ministério Público Federal apontou diversas irregularidades. A principal é que o pedido de prisão foi feito pela procuradoria do estado do Espírito Santo diretamente ao STF, uma atribuição que, por lei, pertence à Procuradoria-Geral da República (PGR), que é o órgão máximo do MPF. Além disso, Rangel ficou preso por 368 dias sem ser formalmente acusado de um crime (indiciado) ou sequer ouvido pela Polícia Federal.

Qual é o contexto que levou a este caso?

A situação teve início quando Rangel, em 2021, publicou reportagens sobre um suposto esquema de corrupção no governo do Espírito Santo. Ele recebeu um pen drive com evidências e o encaminhou às autoridades. Em vez de investigar a denúncia de corrupção, a promotoria estadual abriu um inquérito contra o jornalista por ter divulgado o material. Esse inquérito foi usado posteriormente como argumento para o pedido de prisão feito ao STF.

Houve alguma outra decisão do STF sobre o assunto?

Sim. Antes da prisão, o ministro Dias Toffoli já havia decidido a favor de Rangel. Em junho de 2022, ele determinou que as autoridades parassem de tentar responsabilizar jornalistas pela divulgação do suposto esquema de corrupção, protegendo o direito constitucional ao sigilo da fonte. O MPF argumentou que o pedido de prisão feito depois foi uma tentativa de desobedecer a essa decisão de Toffoli, mas a detenção foi mantida por Moraes.

Qual a situação atual do jornalista?

Jackson Rangel foi solto provisoriamente em dezembro de 2023, mas ainda cumpre medidas cautelares, como as impostas aos réus do 8 de janeiro. Sua defesa aguarda que o ministro Alexandre de Moraes aceite os pareceres do Ministério Público que pedem o arquivamento definitivo do caso. Segundo o advogado, isso não devolveria o tempo perdido na prisão, mas representaria "o reconhecimento de que existe um Estado de Direito no país".

Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.

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