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Calamidade

Leptospirose afeta 144 em Santa Catarina

Enchente em Congonhas, Minas Gerais: drama em diversas cidades do estado | Euler Junior/EM/DA Press
Enchente em Congonhas, Minas Gerais: drama em diversas cidades do estado (Foto: Euler Junior/EM/DA Press)

São Paulo - As chuvas continuam causando problemas graves em Santa Catarina e em Minas Gerais. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina diz que os 144 casos de leptospirose confirmados no estado, além dos 460 que estão sob investigação e dos 997 suspeitos, já estabeleceram um recorde no estado.

Os números vão além de qualquer registro anterior, mas a incidência decorrente da enchente que atingiu principalmente o vale do Rio Itajaí desde 22 de novembro, não se configura, preliminarmente, numa epidemia, a partir do diagrama de controle estabelecido pelo órgão. Os números tendem a aumentar, já que o período em que a bactéria leptospira fica encubada é de um a 30 dias.

Em muitas regiões afetadas, o quadro se agravou com os alagamentos provocados pela chuva de terça-feira. A Defesa Civil de Santa Catarina afirma que mais três municípios tiveram registros de prejuízos causados pelas chuvas que atingem o estado desde domingo. O número de desabrigados também aumentou em decorrência das chuvas.

De acordo com o último balanço divulgado, os mortos somam 128 e 22 pessoas permanecem desaparecidas. Além disso, 32.973 pessoas continuam fora de suas casas, sendo que 5.737 estão desabrigadas e 27.236 desalojadas, ou seja, estão hospedadas em casas de amigos e parentes. Em Joinville, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar afirmaram ter 7 mil residências danificadas e três totalmente destruídas. A Defesa Civil manteve o alerta contra novos deslizamentos e alagamentos em Santa Catarina.

Minas

As chuvas que atingem Minas Gerais desde o fim de semana provocaram mais duas mortes. No total, já são dez mortes registradas desde o início da temporada de chuvas, em setembro.

Na madrugada de ontem, João Paulo Bruno, 21 anos, morreu soterrado após um muro de arrimo cair sobre sua casa, em João Monlevade. Em Itabira, Ana Jorge Rodrigues, 66, morreu na terça-feira após desabamento da casa onde vivia. Na segunda, um casal e os dois filhos morreram soterrados enquanto dormiam em casa, em Ervália.

Os bombeiros realizavam ontem buscas para localizar um aposentado de 62 anos que estava em um carro, em Carmo da Mata, quando foi levado por uma enxurrada. Um passageiro que estava com ele conseguiu se salvar segurando em uma árvore.

Ontem, as chuvas continuavam a atingir todas as regiões do estado, levando rios a transbordar e inundar casas. O solo encharcado pela chuva aumentava os riscos de deslizamentos. Na Zona da Mata, o nível dos rios Muriaé, Carangola e Piranga subiu e obrigou famílias a sair de suas casas.

Segundo o 5º Disme (Distrito de Meteorologia) do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as chuvas registradas do dia 1º até ontem já atingiram o esperado para todo o mês na região.

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