Uma manifestação pacífica de cerca de 50 integrantes da ocupação da Rua João Dembinski, no bairro da Fazendinha, ocorreu, no início da tarde de ontem, no Centro de Curitiba. Portando faixas e cartazes contra o prefeito Beto Richa, os manifestantes saíram da Praça Rui Barbosa em direção à Câmara Municipal de Curitiba para protocolar documento pedindo que o terreno da ocupação se transforme em uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis), onde os atuais ocupantes poderiam fixar residência legal.
Os integrantes também procuraram o Ministério Público e a Procuradoria-Geral do Município, requerendo uma análise da reintegração de posse e a indicação fiscal de quem detém a posse do terreno. Com a iniciativa, o grupo objetiva chamar a atenção da sociedade para sua causa. "Estamos na expectativa para saber quando será a reintegração de posse. As pessoas que estão na área querem um terreno para morar e estão dispostas a pagar. Necessitam apenas de condições", diz Maria da Graça Silva de Souza, coordenadora nacional da União Nacional pela Moradia Popular.
Na opinião da coordenadora, a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) não oferece qualidade no programa de habitação e ainda coloca comprovação de renda como condição. "É uma companhia que visa ao lucro. Não tem só o interesse social", diz.
"Estou com meus três filhos e a minha esposa na ocupação desde o início. Pagava R$ 350 de aluguel e fazia falta no fim do mês. Estou há mais de 10 anos na fila da Cohab e nunca entrei em qualquer programa social", reclama José Maria Alves Coelho.
Segundo a companhia, é possível se cadastrar na lista da Cohab sem qualquer comprovação de renda. A solução mais comum, nesses casos, é um contrato de concessão sem custos para o usuário. Cidadãos com renda até três salários mínimos podem comprar o lote mais simples. Acima disso, é possível pleitear apartamentos.
Negociação
Maria da Graça também avisa que os integrantes da ocupação desejam conversar com o poder público para que a situação seja resolvida sem o uso da violência. "O desejo é de auxiliar essas famílias a encontrar a melhor maneira de resolver a situação. Se a reintegração de posse for cumprida, muita gente não tem para onde ir", ressalta Maria da Graça. "Aceitamos, inclusive, ir para outros lugares", finaliza Adeneliz Cristina Paes.
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