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Manifestantes se reúnem na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste sábado (15).
Manifestantes se reúnem na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste sábado (15).| Foto: Reprodução / Dep. Junio Amaral

Manifestantes foram às ruas em todos os estados do país neste sábado, na segunda edição da Marcha da Família Cristã pela Liberdade. O protesto foi mais forte em Brasília, onde representantes do agronegócio juntaram forças com os integrantes da marcha em uma manifestação que pediu, dentre outras reivindicações, a adoção do comprovante impresso do voto já nas eleições de 2022. Conforme havia prometido ao longo da semana, o presidente Jair Bolsonaro esteve no local e discursou diante de uma plateia pró-governo.

Na capital federal, a movimentação começou já durante a manhã. Dezenas de caminhões se concentraram na Esplanada dos Ministérios, ao mesmo tempo que um carro de som alternava entre discursos em favor do governo e apresentações de músicos cristãos. Mas o público se multiplicou no período da tarde, quando milhares de pessoas ocuparam o gramado central da Esplanada. "Foi muito positivo, com o público esperado e sem nenhum registro de ocorrência", resumiu à Gazeta do Povo Wellington Macedo, um dos organizadores do ato em Brasília.

Bolsonaro andou a cavalo próximo aos manifestantes, embora separado do público por uma barreira de metal. Ele cumprimentou algumas pessoas e ouviu gritos de "Eu autorizo". O grito se refere à "autorização" do povo para que o presidente tome medidas que impeçam os lockdowns e as outras medidas restritivas impostas pelos governos estaduais como estratégia de combate ao coronavírus.

Mais cedo, o presidente havia ido ao encontro dos ruralistas em um clube de Brasília no qual eles estavam concentrados. Lá, houve gritos de "Renan vagabundo", em referência ao relator da CPI da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL). Bolsonaro estava acompanhado de ministros e deputados aliados.

No Rio de Janeiro, os manifestantes partiram em carreata pouco depois das 9h. Eles saíram do Sambódromo rumo ao Posto 5, na Praia de Copacabana, onde se reuniram em torno de um carro de som.

Em Niterói (RJ), os manifestantes se concentram no centro da cidade. O ato teve a participação do deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ).

Em Belo Horizonte, o ato aconteceu na Praça da Liberdade, em frente à sede do governo estadual. Manifestantes exibiam cartazes em favor da liberdade religiosa e em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Em São Paulo, a concentração foi agendada para o período da tarde, na Avenida Paulista. Os manifestantes se mantiveram na calçada em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), sem ocupar a rua.

Em alguns estados, organizadores se queixam de que as prefeituras e governos estaduais não autorizaram a realização da marcha - apenas de uma carreata. Em Belém, a maior parte dos manifestantes não deixou os seus veículos.

Em Fortaleza, os manifestantes não obtiveram autorização da Polícia Militar para promover manifestações neste sábado. Ainda assim, a expectativa era de que as pessoas se aglomerassem espontaneamente ao lado do estádio Castelão.

“Impetramos um habeas corpus no STJ e pedimos à Polícia Militar mas não fomos liberados a fazer nem marcha, nem carreata”, disse à Gazeta do Povo, Aderaldo Gentil, coordenador estadual da marcha na capital cearense. Ainda assim, manifestantes se aglomeraram na capital cearense.

Em Curitiba, a manifestação teve a participação de políticos locais e uma carreata que durou pouco mais de uma hora. O ponto de partida foi a praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico.

Pautas

De acordo com os organizadores, a Marcha da Família aconteceu em aproximadamente 100 cidades, em todos os estados do país.

A primeira edição da Marcha ocorreu em 11 de abril deste ano, organizada por ativistas que se organizaram por meio da internet. Na ocasião, a principal bandeira era a oposição aos lockdowns adotados pelos estados como tentativa de conter a propagação do coronavírus. Nos atos deste sábado, além de pedir que o presidente Jair Bolsonaro edite um decreto desfazendo os lockdowns estaduais, os manifestantes pediram que o Congresso aprove a Proposta de Emenda à Constituição que implementa o comprovante impresso do voto e, além disso, protestam contra o projeto de lei que liberaria o plantio da maconha para fins medicinais e industriais.



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