O Rio Paraná subiu quatro metros e provocou alagamentos em Porto Camargo, Noroeste do estado. A Força Verde tem trabalhado na remoção dos animais silvestres que correm risco por causa das condições da região, já que parte das ilhas do rio está completamente alagada. De acordo com o tenente Acimar Crescêncio, os animais terrestres como os tatus e outros pequenos mamíferos são os que mais sofrem, mas cobras e pássaros também precisam ser resgatados. "Eles acabam padecendo tanto pela falta de alimentos, como pelas condições do terreno", disse o tenente.
Em Porto Camargo, os quiosques que ficam à beira do rio e a praia de água doce estão submersos. Com isso, parte do comércio que sobrevive na temporada de verão precisou fechar as portas. No encontro do Rio Ivaí com o Rio Paraná, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes ficou embaixo dágua.
Em uma das poucas ilhas que ainda não foram encobertas, mora há 14 anos Geraldo Pereira Lima. Ele conta que teve alguns prejuízos, mas que não vai sair do local para cuidar de sua propriedade. Conhecedor do local, acredita que o nível deve subir ainda mais nos próximos dias. Os animais, segundo a Força Verde, estão sendo levados para locais distantes das margens do rio.
Norte Pioneiro
Já a cheia do Rio das Cinzas, no Norte Pioneiro, também causou estragos em propriedades rurais da cidade de Jaboti. Segundo um dos proprietários, Fernando Siqueira, cerca de 15 casas no bairro do Varzeão foram encobertas e os moradores precisaram da ajuda de tratores para limpar as ruas. Apenas na tarde desta quarta-feira (3) a energia elétrica foi normalizada.