Expansão limitada
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está analisando pedidos de três novos voos no Aeroporto Silvio Name Junior, dos quais dois deverão ser negados se o terminal não correr para realizar as adequações necessárias. O aeroporto de Maringá foi rebaixado na categoria técnica que define a segurança contra incêndio, e com isso, três novas rotas já foram proibidas e operar na cidade. Uma delas chegou a iniciar as atividades, mas na última segunda (23) precisou abandonar a rota.
Leia a matéria completa publicada pelo Jornal de Maringá, nesta quarta-feira (24)
- Sem adequações, aeroporto de Maringá pode perder mais duas rotas
- Por falta de especificações técnicas, aeroporto de Maringá perde voos temporários
- Anac suspende novos voos e aeroporto de Maringá precisa dobrar efetivo de bombeiros
- Exigências freiam expansão da aviação regional, diz vice-presidente da Azul
Auditores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estarão em Maringá entre 13 e 15 de abril, quando farão uma inspeção nas dependências do Aeroporto Silvio Name Junior. Entre os seis pontos que serão verificados, inclui-se as condições do Serviço de Combate à Incêndio (Sescinc), que foi responsável pela não-autorização , pela própria Anac, de novos voos em Maringá. O problema está travando a inauguração de novas rotas, sendo que outras duas devem ser negadas nas próximas semanas, se o caso não for resolvido.
A inspeção é de rotina, já que o fato do aeródromo da cidade ter sofrido rebaixamento de categoria não significa uma irregularidade. Contudo, o categoria na qual o terminal se encontra freia a expansão do setor e impede que novas rotas sejam abertas pelas empresas aéreas.
Os demais itens inspecionados tratam da segurança da aviação civil, infraestrutura aeroportuária, facilitação do transporte aéreo, facilidades aeroportuárias e Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (Esata). Nesse último ponto, o alvo da fiscalização são as companhias e demais empresas que operam no local e prestam serviço direto de aviação. Junto com o Sescinc, também fazem parte as questões de Meio Ambiente.
O superintendente do terminal, Marcos Valêncio, disse estar ciente da visita e salientou que a inspeção periódica já estava prevista. Quanto à questão da classificação do terminal, ele disse que os esforços estão concentrados na resolução do problema.
O município não poderá receber novos voos enquanto o local não contar com dois caminhões de bombeiros, modelo AP2 (Ataque Principal), exclusivamente preparado para combater incêndio de aeroportos.. Hoje o terminal conta com um desse modelo e outro deverá ser emprestado como medida paliativa. O custo é de cerca de R$1,5 milhão, mas a importação demora o processo de compra.
Desde de 26 de novembro de 2009, quando a Anac classificou o terminal com nível 5 de combate a incêndio (até então era 6, numa escala que vai de 1 a 10), duas empresas, Trip e Gol, tentaram ampliar a oferta de voos na cidade, mas não conseguiram. As três rotas resultariam em 17 pousos e 17 decolagens por semana. As mesmas empresas pleiteiam novas operações, mas novamente com aviões maiores do que a estrutura atual do aeroporto permite.
Crescimento
Valêncio considera o rigor da Anac um fator positivo, pois reflete o crescimento do aeroporto de Maringá e a aviação civil no Noroeste.Em 2009, foram registrados 319.576 embarques e desembarques, aumento de 47% no fluxo de passageiros em relação ao ano anterior. Esse foi o terceiro maior índice do país, atrás apenas dos aeroportos de Viracopos , em Campinas/SP (com 210%) e Itajaí/Navegantes-SC (com 50%).
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