O pátio que abriga veículos apreendidos na Delegacia de Sarandi está lotado e não há nenhuma proteção dos carros e motos contra chuva. O local se transformou em um grande criadouro do mosquito da dengue, e nem os policiais escaparam. Dois deles foram contaminados e estão afastados do trabalho. "É um grande foco do mosquito da dengue no centro da cidade", admitiu o delegado José Mauricio de Lima. Além dos policiais, os secretários de saúde e de comunicação de Sarandi também foram vítimas da dengue. Há seis meses a cidade está sem agentes de combate, o que tem agravado a situação.
São centenas de carros e motos amontoados no pátio e que juntam água nos pneus e em outras partes. "Nos não temos um local adequado para colocar esses veículos. O certo seria um local coberto. Nós até tentamos fazer um processo de licitação para locar um barracão aqui, mas houve um corte de despesa e Sarandi não foi contemplada com essa locação", disse o delegado Lima.
O secretário de saúde, Osvaldo Luis Alves, voltou a afirmar que 20 agentes que foram aprovados em concurso devem começar os trabalhos em poucos dias. As contratações estão sendo providenciadas pelo departamento de Recursos Humanos. Enquanto isso, o combate segue sendo realizado por 18 funcionários não especializados, deslocados de outras secretarias. Uma delas é Laíde Gonçalves, uma zeladora de escola. "A gente orienta quanto aos sintomas da doença. Caso tenha os sintomas que não tomem medicamentos. Que procurem um médico para fazer o exame", disse ela, em entrevista ao Paraná TV.
Em Sarandi, apenas em 2010, 1860 pessoas foram notificadas com suspeita da doença, cerca de 500 aguardam o resultado dos exames e 260 já tiveram o caso confirmado. Até o secretário de saúde não escapou e alerta. "Esse mosquitinho não tem barreira. Não tem secretario, médico ou polícia que escape."
Dengue em Sarandi
A situação de Sarandi tem se agravado, visto que já são seis meses sem agentes de combate ao mosquito aedes aegypti. O Jardim Independência, bairro onde o secretário mora, é um dos mais infestados. Sessenta pessoas foram aprovadas no teste seletivo realizado em fevereiro, mas até agora ninguém foi contratado. A única fiscalização de focos tem sido feita por 18 funcionários cedidos temporariamente por outras secretarias.
A cidade está sem agentes porque, em setembro, venceu o contrato dos 32 funcionários temporários que faziam o serviço. Alves está no comando da secretaria de saúde há cerca de um mês. Ele assumiu a pasta por indicação do novo prefeito Carlos De Paula, após a cassação do ex-prefeito Milton Martini.
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