Avanços no tratamento e o diagnóstico precoce reduziram a mortalidade por leucemia em crianças e adolescentes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste nas últimas décadas, segundo estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca) que será publicado no "International Journal of Cancer". A doença é um acúmulo de células anormais na medula óssea, que causa sintomas como anemia e gânglios inchados no pescoço e nas axilas. É tratada com quimioterapia e, em alguns casos, transplante.
Os três Estados do Sul tiveram a maior queda nas estatísticas de mortes por leucemia na faixa de 0 a 18 anos, entre 1979 e 2005. A taxa de mortalidade passou de 20,2 por 1 milhão para 13,9 - redução de 31,2%. No Sudeste, a queda foi de 28,6%; no Centro-Oeste, de 9,9%. No Norte e Nordeste, o número subiu mais de 80%, mas o acréscimo foi atribuído a uma melhoria no diagnóstico e na notificação. Em todo o País, houve redução de 6,3% na taxa.
Apesar de ser o câncer mais curável, a leucemia é o que mais mata pacientes de 0 a 18 anos. Entre 2001 e 2005, 34,5% das mortes por câncer na faixa foram por leucemia. O estudo também destacou um número elevado de casos de retinoblastoma - tumor maligno na retina que atinge, em geral, crianças de até 3 anos. "As taxas observadas no Brasil são maiores que as encontradas em países desenvolvidos", diz Marceli Santos, do Inca.
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