Depois de ter seu especial de comédia censurado pela Justiça paulista, suas contas no Youtube e no TikTok derrubadas por 90 dias e receber multa de R$ 300 mil, o comediante Léo Lins responde uma nova ação civil pública – dessa vez em Sergipe – por contar piadas envolvendo minorias. “Outros perfis na internet têm a mesma piada e não há problema, mas se eu conto vira preconceito”, afirma o apresentador.
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A nova ação foi aberta pela Defensoria Pública do Estado de Sergipe, por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e Promoção da Inclusão Social, e cita que “o humorista utiliza piadas de alta discriminação” como “um surdo-mudo com Parkinson é considerado gago?”, frase que agrediria a comunidade surda e seus familiares.
No entanto, Lins afirma que essa mesma piada é contada em perfis com milhares de seguidores nas redes sociais, onde é vista apenas como humor. “Tem o perfil de um casal em que o marido faz a mesma piada com a esposa PCD, por exemplo, em que ela não é nem surda e nem gaga, e o vídeo tem mais de 284 mil compartilhamentos”, informa o comediante.
Além disso, ele cita vídeos em que pessoas do Brasil inteiro interpretam com gestos as falas de uma pessoa pública que é gaga. “A piada é a mesma, mas eu que sou comediante não posso contar no palco?”, questiona, ao garantir que seu objetivo não é ofender ninguém. “Sou a favor de fazer piada”, pontua, ao comentar que pessoas com deficiência, inclusive, participam e gostam de seus shows.
De acordo com os advogados Lucas Giuberti e Marcelo Henriques, que atuam na defesa do humorista, “é perceptível que há perseguição contra ele, pois existem outros comediantes fazendo piadas semelhantes e do mesmo cunho que não sofrem a mesma censura”.
Ainda segundo os juristas, a maioria dos processos contra o comediante tramitam em segredo de justiça, mas “as medidas judiciais cabíveis estão sendo feitas para estancar esse excesso do Ministério Público e o acolhimento do Poder Judiciário”.
Léo Lins abriu uma conta no OnlyFans
Enquanto isso, Léo Lins segue realizando postagens no Instagram e também em sua nova conta na rede OnlyFans, que permite aos criadores de conteúdo cobrar assinatura mensal para quem quiser acompanhá-los. “Agora se o MP quiser ver o que eu posto, pelo menos vai ter que me pagar”, brincou Léo Lins, ao adiantar que, apesar de essa rede ser conhecida por conteúdo sexual, seus vídeos terão apenas piadas, como ele sempre postou.
Segundo ele, a assinatura custará US$ 7 dólares e parte do valor será doado para instituições de caridade.
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