A greve de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entra no segundo o dia nesta quarta-feira (8) em todo o Brasil. Até o momento, agências de 21 estados aderiram à paralisação deflagrada ontem (7).
No Paraná, quase todas as 73 unidades estão de portas fechadas e a adesão ao movimento atinge 80% dos cerca de 1,6 mil servidores, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs).
Em Curitiba, a única das 17 agências do município que continua atendendo é a da Lapa. Durante a paralisação, a estimativa da entidade é que cerca de três mil atendimentos deixem de ser realizados por dia na capital – apenas as perícias médicas continuam sendo concedidas.
Outro lado
O INSS informou, por meio de nota, que os segurados poderão remarcar atendimentos agendados que não sejam realizados em razão da greve. O reagendamento será feito pela própria agência – o segurado deve apenas contatar a central 135 no dia seguinte à data originalmente marcada para o atendimento para confirmar a nova data.
Para evitar qualquer prejuízo financeiro aos benefícios dos segurados, o INSS considerará a data do primeiro agendamento como data de entrada do requerimento.
De acordo com Jaqueline Mendes de Gusmão, do comando de greve estadual, as negociações com o governo federal não avançaram desde a deflagração da greve. A próxima reunião entre trabalhadores e representantes do governo federal está marcada para 21 de julho; até lá, a paralisação continua.
A greve foi deflagrada em resposta à proposta apresentada pelo Governo Federal em junho, que prevê reposição de 21% em quatro anos (2016, 2017, 2018 e 2019). Os trabalhadores reivindicam reposição salarial de 27,5% em parcela única e aumento gradual durante os próximos quatro anos. Segundo o Sindprevs, projeções de inflação indicam que até 2019 a defasagem salarial da categoria superaria os 30%.
Adesão
Segundo dados do Ministério da Previdência Social, o INSS possui hoje 1.605 agências espalhadas por todo o Brasil. Balanço referente à terça-feira (7) informava que dessas, 273 (17%) estavam parcialmente abertas e 196 (12%) totalmente paralisadas.
O Ministério do Planejamento informou por meio de nota que o reajuste proposto pelo Governo Federal é de 21,3% dividido em parcelas de 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019.
A pauta de reivindicações do sindicato inclui ainda a realização de concurso público para suprir a defasagem do quadro funcional; mudanças no plano de carreira e criação da data base e implementação de atendimento em turno ininterrupto.
Segundo Jaqueline, o governo federal divulgou previsão de realização de concurso público para a abertura de 900 vagas, mas o sindicato considera o número insuficiente. “O INSS tem hoje cerca de 15 mil servidores aptos à aposentadoria. Nesse cenário, 900 vagas não são nada. Ficamos 17 anos sem concurso, o quadro de servidores envelheceu”, disse.
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