Um novo modelo de policiamento nas estradas federais foi lançado nesta segunda-feira (1º), em Curitiba, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O projeto prevê a implantação das chamadas, Unidades de Atendimento ao Cidadão (Unaci), com mais policiais e equipamentos ao longo das rodovias. O objetivo é reduzir em 12% o número de acidentes de trânsito no país, que só no ano passado chegaram a 122 mil.
Segundo o diretor-geral da PRF, inspetor Hélio Cardoso Derenne, a região metropolitana de Curitiba recebe a primeira etapa do projeto porque representa, em escala reduzida, toda variedade de traçados públicos das rodovias. "São 529 quilômetros num total de vinte municípios, beneficiando três milhões de habitantes", informou. O projeto faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e deve ser aplicado nos 61 mil quilômetros de rodovias sob responsabilidade da PRF em todo o Brasil. A partir de 2009, o modelo de patrulhamento será replicado no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pernambuco e Minas Gerais.
A idéia, segundo o inspetor, é tentar mudar a realidade de violência nas estradas, usando critérios científicos. "A fiscalização estará mais presente nas estradas. O cidadão brasileiro só respeita as regras quando enxerga a presença física do Estado", disse.
"Estudos estatísticos vão permitir que a distribuição de viaturas e postos obedeça a padrões claros. O número de policiais em cada região também será estabelecido por fórmulas objetivas e equipes operacionais vão se especializar nas mais diversas áreas de atuação, dinamizando o trabalho na pista e maximizando resultados. O atendimento deverá ser feito em apenas alguns minutos", acrescentou.
Técnicos da PRF demoraram um ano para criar o modelo, a partir de estudo acadêmico da própria PRF, que durante seis anos observou parâmetros internacionais de policiamento, especialmente o modelo norte-americano.Os policiais da ronda trabalharão em duplas, mas terão a garantia de apoio de outras viaturas e áreas especializadas sempre que a gravidade da ocorrência exigir maior aparato. Estão previstas também ações sociais nos municípios contemplados pelo projeto, com ênfase na educação de trânsito e saúde do motorista profissional.
Até agora, 300 policiais rodoviários federais voltaram para as salas de aula e receberam os mais variados cursos e capacitações. Segundo o diretor-geral da PRF, os recursos para viabilizar o projeto são do Pronasci. "Um total de R$ 12 milhões para este ano e está prometido em torno de R$ 38 milhões para o ano que vem", informou.