Atraso na obra das praças retardou início da cobrança
O início da cobrança estava previsto para agosto deste ano, mas atrasos na liberação de vistorias e licenças ambientais impediram a finalização da construção de algumas praças. A OHL espera o fim da construção das praças de pedágio e uma vistoria feita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para iniciar as cobranças. A ANTT informou que analisará cada caso, mas se a postergação não for culpa das concessionárias, elas serão ressarcidas com o aumento das tarifas. O reajuste será de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O motorista que trafegar pelas novas rodovias pedagiadas no Paraná encontrará estradas em condições de uso, mas ainda sem uma boa pavimentação e sinalização em todos os trechos. As BRs 116 e 376 (que muda para 101 na divisa com Santa Catarina) passaram a ser administradas por empresas criadas pela espanhola OHL, vencedora da licitação federal para um período de 25 anos de concessão. Antes do início da cobrança, ela se comprometeu a realizar obras emergenciais, com nova sinalização e operações tapa-buracos. No trecho paranaense das BRs 101 e 376, a cobrança de pedágio está prevista para a segunda quinzena de janeiro; na BR-116 (Régis Bittencourt), a partir de março.
Nos trechos percorridos pela reportagem da Gazeta do Povo na BR-116, no sentido Porto Alegre e no sentido São Paulo, o motorista vai encontrar uma pista "trafegável". Não há mais buracos, as placas danificadas foram repostas e o mato foi aparado. Apesar disso, ainda há muitos problemas. Em alguns trechos o asfalto ainda está irregular, criando "lombadas". Também falta sinalização na pista, como tachas refletivas ou "olho de gato" e proteção lateral.
Pista única
Na BR-116, sentido Porto Alegre, há outra reclamação constante dos motoristas. No limite de Fazenda Rio Grande com Curitiba, a rodovia se torna pista única. Em horários de pico, ou volta de feriados, os motoristas ficam parados durante mais de uma hora. A Autopista Planalto Sul, responsável pelo trecho, afirma que a duplicação do trecho até Mandirituba já está prevista. O problema é que a conclusão das obras deve ocorrer somente em 2013. Este também é o trecho onde a tarifa será mais elevada. A previsão inicial era cobrar R$ 2,54 em cada praça, mas com o atraso do início das cobranças o valor ficará em R$ 2,70.
A Régis Bittencourt continua sendo o principal problema dos motoristas. Como era o trecho que mais precisava de obras e reparos, ainda há muito o que fazer. O caminhoneiro José Barbosa de Souza arrisca dizer que após o início do trabalho de recuperação da rodovia houve uma melhora de apenas 15%. "Sempre faço este trajeto e vejo que não há mais buracos, só que ainda falta mais sinalização e melhoria do asfalto", comenta. A engenheira Renata Tarli vai a São Paulo todo ano passar as férias com a família. Ela diz que na parte paranaense as condições são melhores, mas que no estado vizinho há trechos em que a velocidade tem de ser reduzida para 20 Km/h. "Isso torna a viagem cansativa, perigosa e longa".
O caminhoneiro Adelírio Haack usa a rodovia três vezes por semana. A avaliação é que há necessidade de mais fiscalização para o limite de velocidade e também a duplicação da pista. "A qualidade da rodovia melhorou muito e o valor do pedágio será mais barato. Faço o trecho Mafra-Paranaguá e só na Ecovia vou pagar o que pago em três praças daqui", compara. João Batista Scwartz, também caminhoneiro, afirma que se por um lado o pedágio encarece o frete, por outro traz mais segurança ao motorista. "Mas as condições não estão tão boas ainda para justificar o pedágio. E a primeira grande obra que fizeram foi a construção da praça de cobrança".
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