A Prefeitura de São Paulo e a Faculdade Santa Marcelina apresentaram na noite de segunda-feira (25) um projeto para mapear todos os imigrantes que vivem na capital. Segundo os organizadores, dados indicam que existam hoje 300 mil imigrantes, regulares e irregulares, na cidade.
“Começamos a fazer um trabalho que dará subsídios para que o município de São Paulo possa planejar, adequadamente, a oferta de serviços públicos dos imigrantes que aqui vivem”, afirmou a coordenadora do curso de Relações Internacionais da faculdade, Rita do Val, que também atua como consultora em projetos para refugiados.
Os órgãos públicos têm controle dos que vêm ao Brasil e passam pela Polícia Federal. É difícil manter, porém, um registro de grupos que chegam sem documentos e não procuram as autoridades”, disse.
O mapeamento será dividido em duas partes: a primeira, com entrega prevista para novembro deste ano, tem por objetivo buscar dados quantitativos com as três esferas - municipal, estadual e federal - para conseguir montar um panorama geral de imigrantes na capital paulista.
O segundo momento será feito com pesquisas de campo e entrevistas. “Uma das questões mais problemáticas de quem trabalha com a temática da imigração é a dificuldade de conseguir dados. Para nós é muito importante saber onde essas pessoas residem, o que não sabemos hoje”, explicou Camila Baraldi, coordenadora adjunta de Políticas para Migrantes da Secretaria municipal de Direitos Humanos e Cidadania.
O projeto não pretende fazer a identificação formal dos imigrantes porque o objetivo não é denunciar os irregulares à Polícia Federal. O mapeamento vai identificar gênero, origem, idade, condição socioeconômica para que a Prefeitura faça ações de integração com essa população.
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