Os cerca de 60 mil manifestantes que tomaram o centro de Curitiba neste domingo (16) tinham, pelo menos, três alvos certos. O Partido dos Trabalhadores (PT), a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram os nomes mais vaiados e criticados por aqueles que participaram do ato.
Gritos de “Fora PT” foram constantes durante a passeata. “Quem não pula é petista” foi outro coro entoado pelos manifestantes. Lula tampouco foi poupado. Alguns gritavam que esperam que em breve ele seja preso em decorrência da Operação Lava Jato.
Intervenção militar
Um grupo de manifestantes mostrou durante o ato pelo menos três faixas pedindo intervenção militar no Brasil. Um dos cartazes dizia “Hoje, como em 64, precisamos de uma intervenção militar que restaure a ordem e o progresso no Brasil”. Outro pequeno grupo desfilou com a bandeira da época do Brasil Império e defendiam o retorno da monarquia no Brasil.
“Lula cachaceiro, devolva meu dinheiro” e “Ô Lula, pode esperar, o Sergio Moro vai te pegar” também foram ecoados durante o protesto. Havia ainda inúmeros cartazes pedindo a prisão do ex-presidente.
Criticando a política econômica de Dilma Rousseff e a “ditadura do PT”, os manifestantes cobraram o impeachment ou a renúncia da atual presidente do Brasil. Faixas de “Fora Dilma” e camisas cobrando a saída da presidente foram outras formas encontradas pelos manifestantes para protestar. Eles defendem que sejam chamadas novas eleições presidenciais ainda este ano.
Os manifestantes cobraram a saída do PT do governo. Um dos argumentos utilizados pelos manifestantes é de que o Brasil caminha para se tornar um “país comunista” e está prestes a virar uma “nova Venezuela”. Cartazes também diziam que “o Brasil não será uma Cuba”.
Aplausos
Durante a passeata, alguns manifestantes também chegaram a aplaudir a Polícia Militar do Paraná e vaiaram a Central Única dos Trabalhadores e algumas entidades sindicais, como a APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também foi alvo das desconfianças dos manifestantes pela demora no oferecimento das denúncias dos envolvidos na operação Lava Jato. O caminhão do som do Movimento Brasil Livre, um dos que encabeçaram o ato, convocou os manifestantes a pressionarem Janot: “Ele tem que decidir se está do lado do povo ou do PT”.
Pedidos mais gerais, como o fim da corrupção e mais segurança também estiveram na pauta do dia. “Viemos brigar por menos corrupção e por um Brasil melhor. Chega de tanta coisa ruim”, comentou uma das participantes do ato, Ana Maria Magalhães.
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