Trabalhadores rurais realizaram nesta segunda-feira (6) manifestações em sete estados e no Distrito Federal com invasões de fazendas e até do Ministério da da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Em Brasília, um grupo de 300 mulheres ligadas ao movimento dos trabalhadores rurais Via Campesina invadiu o saguão do ministério e só deixou o prédio no final da tarde. Os manifestantes chegaram a quebrar um a porta de vidro, segundo a Polícia Militar.
"O Ministério da Agricultura tem que estar a serviço da produção de comida, da soberania alimentar, e nao pegar recursos públicos pro agronegócio pra financiar as transnacionais", disse a coordenadora do movimento, Rosangela Cordeiro.
O ministro da Agricultura, Reinolds Stephanes, disse que a ação do movimento dos trabalhadores rurais "está fora de foco", por que os recursos necessários para a agricultura familiar estão à disposição de acordo com as solicitações do Ministerio do Desenvolvimento Agrário.
Em Alagoas, os sem-terra invadiram uma fazenda no município de Branquinha e cortaram parte do canavial para para montar barracas e plantar sementes. Em Candiota, no Rio Grande do Sul, uma fazenda do Grupo Votorantim foi invadida pela Via Campesina. As mulheres destruíram cercas e parte da plantação de eucaliptos.
No Distrito de Aracruz, no Espírito Santo, as mulheres invadiram o porto de Barra do Riacho. Com tinta, gasolina, querosene e cupins estragaram fardos de celulose que estavam prontos para exportação. O prejuízo foi calculado em R$ 2 milhões.
Não é a primeira vez que a Aracruz é alvo da Via Campesina. Há três anos, uma fazenda da empresa foi invadida no Rio Grande do Sul. As mulheres destruíram o laboratório de pesquisas da empresa.
O caso está no trIbunal de Justiça do Rio Grande do Sul, até hoje sem um desfecho. A Via Campesina, assim como o MST, não tem um registro formal e por isso não pode ser processada. Quem responde às ações são os integrantes do movimento individualmente, o que dificulta a punição para os crimes cometidos quando há este tipo de mobilização.
O ouvidor nacional agrário, Gersino da Silva Filho, responsável por mediar conflitos de terra, reconhece que há impunidade e defende a ampliação da Justiça especializada em questões agrárias. "Tanto o fazendeiro quando contrata uma milícia pra praticar uma ilegalidade ou por exemplo o trabalhador rural que se arma comprando uma arma de fogo ele tá fazendo isso confiando que não vai ser punido", disse.
Aumento da tensão nas últimas 24 horas ameaça acirrar conflito no Oriente Médio
Mortes de líderes terroristas e tensão no Líbano: os fatores que levaram o Irã a atacar novamente Israel
O Oriente Médio em ebulição e a escolha errada de Lula
Lula mostra fim da neutralidade do Brasil ao calar sobre terror e dizer que Israel só sabe matar
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião