A modelo Viviany Beleboni, transexual que simulou uma crucificação na última Parada Gay de São Paulo, em junho, denunciou ter sido agredida sábado (8) à noite, quando andava na rua, perto de sua casa, no centro da capital. Com ferimentos no rosto e nas mãos, ela postou um vídeo no Facebook em que relata a agressão, ter sido motivada pelo fato de ela “não ser de Deus”, segundo contou.
“Estou com o olho inchado, o rosto cortado, o nariz todo inchado, ensaguentado. Se era isso que vocês, inimigos, queriam, quero que saibam que conseguiram”, disse Viviany, chorando, no vídeo.
A modelo conta que foi chamada de “demônio” pelo agressor e que teria de “pagar pelo que fez” antes de se atacada. “Sorte que tenho 1,8 metro e sou homem o suficiente e consegui apartar isso. Ele saiu correndo, mas olha o que aconteceu comigo”, referindo-se aos ferimentos pelo corpo.
Viviany causou polêmica e atraiu a ira dos chamados grupos religiosos por, transexual, interpretar Jesus Cristo crucificado na parada. Ela relatou ter sofrido ameaças de agressão ingressou com seis ações por danos morais, contra diferentes pessoas, no Tribunal de Justiça de São Paulo. Os processos ainda estão em andamento.
No vídeo em que relata a agressão, a modelo afirma também que não iria registrar boletim de ocorrência sobre o caso. “Para quê? Para te tratarem como um homem? Te chamarem como homem e rirem da sua cara e não dar em p... nenhuma? Não, eu não vou”, argumentou. “Vou ter que ficar trancada dentro de casa, porque é isso que esses religiosos fanáticos querem.”
A reportagem tentou contato com Viviany, mas não foi possível ter mais detalhes da agressão. A Secretaria de Estado da Segurança Pública confirma que não houve registro do caso.
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