Na ação realizada na manhã desta sexta-feira (21), na Secretaria da Polícia Legislativa do Senado, agentes da Polícia Federal (PF) recolheram 12 volumes entre maletas de equipamentos e malotes. Os agentes chegaram ao Senado próximo das 6 horas e deixaram o local por volta das 11 horas. Segundo um servidor do Casa, as maletas serviriam para fazer varreduras de grampos ambientais. Os documentos levados não foram ainda identificados.
A ação da PF, batizada de Métis, foi deflagrada para desarticular um esquema para embaraçar a Operação Lava Jato e outras investigações da PF. A ação tem o apoio do Ministério Público Federal e mira servidores da Polícia Legislativa do Senado.
Policial que fez varredura em imóvel de Gleisi tem curso de contraespionagem
Leia a matéria completaAo todo, estão sendo cumpridos nove mandados judiciais, todos em Brasília, sendo quatro de prisão temporária, um deles nas dependências da Polícia do Senado. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal.
Quatro policiais legislativos foram presos, dentre eles o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, que foi conduzido coercitivamente. Ele e os subordinados foram pegos em ações de contrainteligência para ajudar senadores que estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Advocacia do Senado prepara uma resposta jurídica para a ação da Polícia Federal. Entre as medidas estudadas está a apresentação de uma ação jurídica contra a PF. Em ações anteriores da Operação Lava Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a criticar publicamente o fato de a Polícia Federal ter feito diligências sem o acompanhamento da Polícia Legislativa da Casa. A Secretaria-Geral da Mesa Diretora do Senado também irá divulgar uma nota oficial.
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