O embarque da oposição nos protestos causou “estranhamento” na maior manifestação de ontem, em São Paulo. O governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves (MG), ambos do PSDB, foram hostilizados na passagem pelo ato pró-impeachment na avenida Paulista.
A participação deles durou um pouco mais de 30 minutos. Ao chegar, numa vã, nos fundos do Masp, a dupla foi recebida por xingamentos, como “bundões” e “oportunistas”. Para encobrir esses gritos, um grupo de tucanos puxou o coro de “fora Dilma”. De lá, Aécio, Alckmin e seu séquito seguiram para o caminhão do MBL. A caminhada foi marcada por gritos de “fora”. Aécio passou por maior constrangimento quando, ao chegar à tenda do MBL, foi cumprimentar manifestantes. “Ladrão. Você também é ladrão”, disse um rapaz, enquanto Aécio lhe apertava a mão.
Mais cedo, em Belo Horizonte, Aécio declarou que há três caminhos para o Brasil: o impeachment, a cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral ou a renúncia. “Uma das três saídas possibilitará o Brasil voltar a sonhar com um futuro melhor”, disse. Na mesma linha, Alckmin falou que “o país não pode parar no tempo”.
Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), com os protestos, os opositores do governo Dilma conseguirão maioria na Câmara para dar continuidade ao processo de impeachment da presidente. “Dos 513 votantes [o processo de impeachment na Câmara] vai alcançar mais de 400 votos facilmente, para que a gente possa dar continuidade ao processo”, afirmou. São necessários dois terços dos votos (342).
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