A empresa francesa Alstom se declarou culpada e vai pagar US$ 772 milhões em penalidades criminais definidas em acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em um caso em que a empresa é acusada de ter subornado funcionários governamentais para ganhar negócios ao redor do mundo. O acordo anunciado pelo Departamento de Justiça dos EUA nesta segunda-feira marca a maior multa já aplicada pelo país a uma empresa por violação de leis estrangeiras contra suborno. A empresa está envolvida em caso de corrupção no Brasil também, envolvida em uma suposta fraude nas concorrências de licitações do metrô paulista.
A multa vai encerrar acusações relacionadas a um "esquema amplo envolvendo dezenas de milhões de dólares" em subornos ao redor do mundo, incluindo em países como Indonésia, Arábia Saudita, Egito e Bahamas, afirmou o departamento norte-americano. A empresa vai pagar ainda mais de 75 milhões de dólares para assegurar 4 bilhões de dólares em projetos no mundo, disse o departamento.
Mais cedo nesta segunda-feira, uma unidade da Alstom e dois funcionários da empresa também foram acusados pelo Escritório de Fraudes Graves no Reino Unido de suborno a funcionários de 2002 até parte de 2010.
A unidade de turbinas de energia da Alstom tem enfrentado intensa pressão, tanto por causa das vultosas multas envolvendo casos de suborno, quanto por uma queda nas encomendas e uma crise de liquidez. Em junho, a empresa concordou em vender a maior parte do negócio de energia à General Electric para que pudesse voltar sua atenção para seus negócios ferroviários, de menor porte.
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