O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA) assumirá a Secretaria de Governo. O anúncio deverá ser feito pelo presidente Michel Temer ainda nesta quinta-feira (8).
“Me disseram que será anunciado ainda hoje [quinta-feira]”, disse ao jornal O Globo o secretário-geral do PSDB, Sílvio Torres.
O nome foi acertado entre Temer, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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Leia a matéria completa“Michel gosta dele, ele é muito experiente e habilidoso, tem boa circulação no Congresso e no PSDB, e tem uma trajetória inatacável”, comentou um tucano da cúpula partidária.
Deputado baiano, Imbassahy assumirá a vaga deixada pelo conterrâneo Geddel Vieira Lima, que pediu demissão do cargo, envolvido em crise política na qual pediu ao ministro Marcelo Calero (Cultura), que entregou o cargo, para ajudar na liberação de um empreendimento no qual tinha comprado um apartamento.
Esse é o quarto ministério cedido ao PSDB no governo Temer. Além de Imbassahy, os tucanos ocupam as pastas de Cidades (Bruno Araújo), Justiça e Cidadania (Alexandre de Moraes) e José Serra (Relações Exteriores).
Tirando o PMDB, com seis ministros, o PSDB é o partido da base com mais participação na Esplanada dos Ministérios.
Repercussão
O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que a ida de Imbassahy para a vaga de Geddel será um reforço importante na articulação política, principalmente na Câmara, onde a situação é mais complicada por causa de vários grupos na base governista com interesses diferentes.
Aloysio Nunes defendeu a ida do tucano para “o coração do governo”. “Imbassahy é um líder altamente qualificado, está saindo fresquinho da Câmara, onde a articulação é mais delicada, conduz muito bem a bancada, conhece a administração pública, o que é muito importante”, disse.
Ele negou que tenha havido resistência no PSDB a assumir a vaga de Geddel, por ser um foco de problemas e dor de cabeça para qualquer ocupante do cargo. “Imagina! É um posto da mais alta importância. É o coração do governo”, completou Aloysio Nunes.
O líder do Governo no Congresso e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), negou que exista resistência à ida do tucano para uma vaga considerada pela bancada do partido como da cota do PMDB.
“Qualquer escolha pessoal do presidente Michel Temer será bem recebida pelo PMDB. Quem escolhe ministro é o presidente da República”, disse Jucá.
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