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Um dia após os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) determinarem a prisão imediata de 11 dos 25 réus do mensalão, os condenados no processo aguardam a expedição dos mandados de prisão.

O ex-ministro José Dirceu deve se reunir nesta quinta-feira com seu advogado, José Luiz de Oliveira Lima, para discutir como ele vai se apresentar à polícia.

Já o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) chegou na noite de quarta-feira à sua casa em Levy Gasparian, no interior do Rio. Hoje, quando Jefferson falou ao GLOBO, parecia tranquilo, conformado com o resultado do Supremo.

Jefferson diz que, oito anos depois de denunciar o esquema de compra de votos, não tem arrependimentos e que é um réu condenado 'como qualquer outro'. "Não (tenho arrependimentos), tudo certo. O momento é de silêncio, tenho que aguardar. Não me regozijo, sou um réu condenado como todos os outros, vamos aguardar que se cumpra o destino", disse o ex-deputado ao GLOBO.

Caso tenha a prisão decretada ainda hoje, ele ainda não sabe se se apresentará à Polícia Federal ou aguardará em sua casa, em Levy Gasparian, estado do Rio, na divisa com Minas Gerais.

Já o advogado de Dirceu afirmou que seu cliente - que estava em Itacaré, na Bahia, e voltou a São Paulo - vai se apresentar. "Ele vai se apresentar, mas vamos esperar como vai ser a decisão (do Supremo Tribunal Federa) à tarde", disse Lima.

Dirceu pousou de madrugada em Jundiaí, no interior de São Paulo, porque o aeroporto de Congonhas, na capital paulista, fica fechado neste período do dia. Ele está na casa dele em Vinhedo, nos arredores de São Paulo e deve vir para a capital no final da manhã.

Esperando mandado de prisão na fazenda

Outro condenado no processo do mensalão, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP) está aguardando mandado de prisão na fazenda Boa Esperança, no município do Brejo da Madre de Deus, na região agreste de Pernambuco. Ele considera injusto o resultado do julgamento do mensalão, mas vai cumprir o que a Justiça decidiu e, assim que for intimado, comparecerá imediatamente ao local que for determinado, seja em Recife ou em Brasília.

"Ele não está tranquilo, porque ninguém fica tranquilo sob ameaça de prisão. Mas vai cumprir o que a Justiça decidir. Ele ficou lutando até o fim para se livrar da condenação, mas agora sabe o que fazer. Já entregou até o passaporte. O ideal é que ele cumpra o regime aberto ou semi aberto em Recife, onde trabalha e mora com a família", disse o advogado Fábio Correa, um dos filhos do ex-deputado.

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