Diante das inúmeras polêmicas sobre o “pacote anticrise” do governo do Paraná, a Assembleia Legislativa conseguiu costurar um consenso parcial entre aliados e oposicionistas e minimizou os questionamentos em torno das medidas. Nesta terça-feira (29), a Casa aprovou o projeto em segunda e terceira discussões, juntamente com 18 das 44 emendas apresentadas ao texto. A proposta ainda passará por uma última votação – apenas de praxe – nesta quarta (30), a tempo de ser sancionada no mesmo dia pelo governador Beto Richa.
Veja as alterações apresentadas ao “pacote anticrise” do governo que foram aceitas e rejeitadas:
Leia a matéria completaA principal vitória da oposição se deu com a aprovação da emenda que veda que recursos não usados ao longo do ano pelo novo Fundo de Combate à Pobreza sejam incorporados ao caixa geral do estado. A regra impede que eventuais sobras de verbas sejam aplicadas em outras áreas ou até mesmo no pagamento de pessoal. Além disso, a Assembleia deverá receber mensalmente um relatório das atividades e a prestação de contas do fundo. Ele será abastecido com dois pontos porcentuais da alíquota de ICMS cobrada sobre alguns produtos, num valor estimado em R$ 400 milhões anuais.
Já em relação ao imposto sobre herança e doações (ITCMD), os deputados conseguiram, além de retirar do projeto a majoração da alíquota para até 8%, manter isenções previstas na lei atual. Seguirão sem ter de pagar o tributo herdeiros que morem no imóvel da pessoa que morreu e que não tenham outros imóveis; ou que recebam de herança propriedade rural de até 25 hectares, desde que seja o seu único imóvel e que a produção agrícola do local represente o sustento da família. Além disso, os parlamentares estenderam a isenção do imposto bens herdados de até R$ 25 mil.
Outro ponto polêmico envolvia as regras para inclusão na cobrança do ICMS dos casos em que o tributo é recolhido apenas no estado de origem. Hoje, se um paranaense faz uma compra por internet ou telefone de uma empresa sediada em São Paulo, por exemplo, o ICMS é pago integralmente ao estado vizinho. Com o projeto, a diferença entre o porcentual das alíquotas cobradas em cada estado deverá ser recolhida progressivamente pela loja à Receita do Paraná – até 2019, o estado de destino ficará com 100% do imposto.
A proposta previa que, caso a empresa em questão não recolhesse a diferença de ICMS, o consumidor final teria de arcar com o recolhimento – o mesmo valeria para as transportadoras desses produtos. Esse trecho foi retirado do projeto do Executivo.
Também foi excluída da proposta a revogação da lei que obriga escolas públicas e privadas no estado a terem ao menos um nutricionista em seu quadro de pessoal para controlar a qualidade dos alimentos servidos aos alunos.
Moraes impede viagem de Bolsonaro aos EUA para participar da posse de Trump
Mudança no monitoramento de conteúdo do Facebook põe em xeque parceria com o TSE
Após derrota do governo com o Pix, grupo vai acionar Nikolas Ferreira na Justiça; assista
Como o caso do monitoramento do Pix virou uma enorme derrota para o governo Lula
Deixe sua opinião