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Barrado na PF em Curitiba, advogado de José Dirceu busca anular quebra de sigilo bancário

Juarez Cirino queria avisar Dirceu que já tinha recorrido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ)

José Dirceu, ex-ministro, foi preso pela Lava Jato | NACHO DOCE/REUTERS
José Dirceu, ex-ministro, foi preso pela Lava Jato (Foto: NACHO DOCE/REUTERS)

Juarez Cirino, um dos advogados do ex-ministro José Dirceu, foi barrado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no bairro Santa Cândida. Ele tentou entrar para falar com o cliente e, na entrada, alega ter ouvido que nesta quarta-feira (5) o dia é de visita familiar e não de visita de advogado. Ouviu ainda que já tinha sido aberta uma exceção para uma advogada de Dirceu. Ele não entrou.

Cirino queria conversar com Dirceu sobre a tramitação de um mandado de segurança que pede a anulação da quebra do sigilo bancário do ex-ministro. Ele apresentou este pedido em março deste ano junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). No último dia 23, o TRF4 negou o pedido, e o advogado recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em janeiro, a juíza federal substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal Criminal, determinou a quebra do sigilo bancário de Dirceu, pela suspeita de que sua empresa, a JD Consultoria, estaria envolvida com os desvios investigados pela Operação Lava Jato. Essa quebra de sigilo fundamentou a prisão do ex-ministro, que ocorreu na última segunda-feira (3).

Para Cirino, a quebra de sigilo foi ilegal, uma vez que, no seu entendimento, não haveria indícios de atividades ilícitas que embasassem a medida. “Nós achamos que houve violação de um direito líquido e certo, porque não existe nenhum fato concreto contra o José Dirceu. O que existe são hipóteses, suspeitas e delações que foram obtidas de forma violenta”, afirma.

No entendimento do advogado, uma eventual decisão favorável a seu cliente pode ter repercussão em toda a investigação contra ele – inclusive, na sua prisão. “A decisão tem repercussão no processo criminal como um todo. Se o STJ, como eu espero, considerar ilegal a quebra de sigilo, há o efeito dos ‘frutos da árvore envenenada’, ou seja, tudo o que veio depois é nulo”, diz.

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