O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniu na segunda-feira (29) com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para cobrar os “vazamentos” da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, na Operação Lava Jato. O ministro foi enquadrado pelo PT pelos vazamentos na Lava Jato e na Operação Acrônimo, envolvendo políticos do partido.
Cobrado, Cardozo transmitiu a reclamação do PT a Janot, responsável pelas investigações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça. Após o encontro com Janot, a agenda de Cardozo foi atualizada, e foi incluído um encontro com o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski.
Pela manhã, na agenda do presidente da Corte constava apenas compromissos em São Paulo, mas ela foi retirada do ar no fim da tarde. Questionada, a assessoria do STF disse que a agenda estava incorreta e que o presidente permaneceu em Brasília.
A assessoria confirmou o encontro e disse que ele ocorreu de “última hora”, após pedido do ministro.
O STF nega que Cardozo tenha cobrado o vazamento da delação de Pessoa, homologado pelo ministro Teori Zavascki. Segundo a assessoria, o ministro foi à Corte tratar do reajuste de servidores do Judiciário.
Em março, outro encontro entre Cardozo e Janot causou polêmica por ter ocorrido às vésperas do envio ao STF da lista de políticos alvo da Lava Jato. Na ocasião, a justificativa oficial do encontro foi um debate sobre medidas de combate à corrupção. Posteriormente, foi divulgado que o tema tratado foi a segurança do procurador-geral. Os dois negaram que a conversa tenha girado em torno da Operação Lava Jato.
Investigação da PF sobre Pix pode virar “caça às bruxas” na oposição se houver adesão do STF
Moraes impede viagem de Bolsonaro aos EUA para participar da posse de Trump
Crise do Pix: governo Lula sofre derrota de goleada e oposição comemora
Mudança no monitoramento de conteúdo do Facebook põe em xeque parceria com o TSE
Deixe sua opinião